CURSO DE PASTOR
CURSO DE PASTOR
Disciplina - Homilética
1 - A Homilética e sua origem
Homilética: Eloqüência de púlpito,
de cátedra; arte de pregar sermões, não se abstendo do aprimoramento das
habilidades da oratória. É a ciência que ensina os princípios fundamentais dos
discursos em público. O dicionário Silveira Bueno define a homilética como:
Explicações religiosas para o povo.
Termo derivado do grego omiletiké,
que de forma bem simples, significa: a arte de pregar sermões religiosos
em estilo familiar.
A contribuição que a homilética
nos dá para a pregação do evangelho é de grande valor, entretanto, muitos
desconhecem sua origem.
O
Pastor Valter Basto, em seu Livro “Pequeno Manual de Homilética”,
define que tudo teve início mais ou menos no século V (cinco)
antes de Cristo, quando os gregos criaram a retórica, (um conjunto de regras
relativas a eloqüência). Iniciada por Córax e posteriormente aperfeiçoada por
Sócrates, sua meta central era aperfeiçoar o discurso. Com a dominação romana
em todo mundo, muitos anos antes e depois de Cristo, as três cultura que se
destacavam eram: a judaica (religiosa), a romana (política) e a grega
(cultural). Com isso, os romanos foram grandemente influenciados pela cultura
grega, daí nasceu a oratória.
Apesar destas considerações, devemos saber que
a pregação não deve ser apenas “mecânica”, com discursos floridos e linguagem
erudita, mas com uma forte convicção, baseada nas experiências pessoais que,
aliás, dá mais peso ao sermão, com a unção proveniente de um coração inflamado
pelo Espírito Santo, e apaixonado pelas almas perdidas. No entanto, podemos
unir o útil ao agradável, isto é; os conhecimentos adquiridos através da
Homiletica, somados a uma vida de oração e meditação da palavra de Deus. Os
resultados serão satisfatório, e o Reino de Deus em nossas vidas será ainda
melhor.
Podemos
então, definir que o objetivo da homilética, de uma forma geral, é a conversão,
a comunhão, a motivação e a santificação para vida cristã. “Antes, Crescei
na Graça e no Conhecimento...” (2 Pedro
3. 18).
Atividade de Apoio
Explique o que é pregar na Homilética.
2 - Principais nomes
que a Bíblia dá aos Pregadores.
·
Servo. “Sabendo que recebereis do
Senhor a recompensa da herança. É a Cristo o Senhor que servis” (Colossenses
3. 24). O servo não tem domínio próprio; faz o que quer o seu Senhor, dele se
requer obediência, interesse e atividade.
·
Semeador. “E falou-lhes de muitas
coisas por meio de parábolas, dizendo: Certo semeador saiu a semear” (Mateus
13. 3). Em bons ou em maus dias, deve-se semear. “Pela manhã semeai a
semente, e pela tarde não retires a tua mão, pois não sabes qual prosperará, se
esta, se aquela, ou se ambas igualmente serão boas” (Ec. 11. 6).
·
Testemunha. “Mais recebereis poder, ao
descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas...” (Atos 1.
8). A testemunha é chamada para depor, e o depoimento fiel é aceito.
·
Pescador. “Disse-lhe Jesus: Vinde após
mim e eu vos farei pescadores de homens” (Mateus 4.19). O pescador tem que
ser prudente, deve conhecer a isca que mais agrada o peixe, deve ser sensível à
ordem do mestre, e obedecer aonde e quando Ele nos mandar lançar a rede (Lucas
5. 4).
·
Cooperador. “Pois nós somos
cooperadores de Deus; vós sois a lavoura de Deus e edifício de
Deus” (1Coríntios 3.9). A palavra empregada neste versículo “cooperadores”,
nos dá uma idéia da nossa responsabilidade, ou de como é importante nossa
missão.
·
Embaixador. “De sorte que somos
embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse...” (2 Corintios
5. 20). O embaixador representa a Pátria e luta pelo interesse de seu País. Obs:
Será que os pregadores da atualidade tem isso em mente ou passam ao povo mais
suas personalidades do que a do País que eles representam, O Céu.
·
Atalaia. “... te constituí por atalaia
sobre Israel; tu pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lhe darás aviso da
minha parte” (Ezequiel 33. 7). O atalaia acima de qualquer outra qualidade
deve ser vigilante, deve ter cuidado na transmissão do aviso. Isso implica na
exclusão de qualquer outro material a não ser a Bíblia Sagrada, o atalaia
deve transmitir as Verdades Bíblicas.
3 - O pregador e sua
pregação
Ser chamado para o ministério da pregação
não significa simplesmente fazer discursos e sermões. Pregador é ser o representante
legal de Deus na terra (1 Co 1. 21 / Is 52.7). Quando olhamos para a Bíblia,
vemos que seu conceito sobre pregação é: um anúncio, uma proclamação de boas
novas reveladas pelo Espírito Santo. Pregar o evangelho é falar no lugar de
Deus. Disse Jesus: “Eu vos envio como o Pai me enviou”.
Outro
fato preponderante na pregação é a vida do pregador. O ministério da palavra
não é tão simples como muitos podem pensar, porque o sucesso da pregação está
associado à vida de quem prega.
A
um ditado que diz: “Viver pregando e
pregar vivendo”. Todo pregador deveria ter isto em mente: “A minha
vida fala mais alto do que a minha própria voz”.
Com certeza isto é o centro da questão e é
o sucesso do grande pregador. A autoridade do pregador está no viver aquilo que
prega. Antes de ministrar uma mensagem aos outros, a palavra precisa ter
produzido efeito no coração do pregador, se isso não acontecer o pregador
estará passando ao povo uma comida que ele não experimentou. E se assim for,
ele estará agindo com falsidade e hipocrisia. Devemos ter isso em mente, não
fomos chamados para ser falsos ou hipócritas, fomos chamados para sermos
verdadeiros, autênticos.
Certo pregador, ao ministrar em uma Igreja sobre o amor e a harmonia do lar, foi surpreendido pelo próprio filho. Ao perceber que suas palavras não correspondiam com a realidade disse: “Mãe vamos vir morar aqui na igreja, aqui o pai é tão bonzinho”.
Certo pregador, ao ministrar em uma Igreja sobre o amor e a harmonia do lar, foi surpreendido pelo próprio filho. Ao perceber que suas palavras não correspondiam com a realidade disse: “Mãe vamos vir morar aqui na igreja, aqui o pai é tão bonzinho”.
“Os que
ministram a poderosa Palavra de Deus, devem pregar no púlpito o que se vive
fora dele”.
4 - Espécies de Sermões
Sermão: Um discurso religioso formal, baseado na Palavra
de Deus, e que tem por objetivo salvar os homens.
A
homilética classifica os sermões basicamente em: Tópico, Textual e
Expositivo. Entretanto cada um apresenta, entre si diferenças e
particularidades, uns relativamente fáceis de elaborar, outros, porém, mais
difíceis e que requer um preparo mais criterioso.
Vejamos os três tipos:
4. 1 - Sermão tópico
Sermão
tópico ou temático é aquele que, sua explanação geral gira em
torno do tema. Mesmo apoiando-se num texto, sua mensagem não depende do texto,
mas do assunto escolhido pelo pregador. Em outras palavras, a argumentação com
suas divisões discorre sempre para o mesmo
assunto. Quando baseamos a mensagem num tópico ou tema criados através de uma
frase ou palavra, e procuramos apóia-lo com versículos, que concordam entre si,
indubitavelmente, o sermão assume um caráter topical ou temático.
4. 2 - Sermão textual
É conhecido como sermão textual, aquele
cuja apresentação gira em torno do texto, independente do tópico ou assunto
escolhido, suas divisões e subdivisão obviamente derivam do texto. Enquanto o
sermão tópico se apóia num tema extraído de um texto, o sermão textual
concentra-se num versículo, e suas divisões e subdivisões são enriquecidas de
comentários que tem por base o texto.
O
sermão textual é muito recomendado para preleções evangelísticas, pois é
atrativo, tendo em vista que os ouvintes, geralmente de pouca cultura bíblica,
terão a atenção voltada para um assunto específico.
4. 3 - Sermão expositivo
O
sermão expositivo é aquele cuja explanação concentra-se em abordar uma
passagem. Ele não se prende ao tema, nem estaciona-se em parte alguma do texto,
mas limita-se em analisar um determinado trecho das escrituras, de modo a
extrair dele seu ensino central. Muitos pregadores definem a pregação
expositiva nos seguintes termos: “É a comunicação de um conceito bíblico,
derivado e transmitido através de um estudo histórico, gramatical e literal de
uma passagem no seu contexto”.
Atividade de Apoio
Cada aluno deve elaborar um
sermão Temático e apresentá-lo aos amigos da classe.
5 - O sermão e sua estrutura
Classificamos
pelo menos três partes essenciais que formam a estrutura de um sermão. Vejamos:
Introdução, Desenvolvimento ou corpo e conclusão.
“A
estrutura, propriamente dita, é a organização do sermão com suas divisões
técnicas, que servem para orientar o pregador na apresentação da mensagem”. Um
sermão precisa ter: unidade, ordem e progressão. Precisa ter começo, meio
e fim. Na formação de um sermão,
essas três palavras que destacamos são fundamentais.
Vamos
estudar as particularidades de cada uma.
5. 1 - A introdução
(começo).
A
introdução é a parte do sermão que serve como ponto de contato entre o pregador
e o auditório. Normalmente, a introdução é a última parte a ser feita na preparação
do sermão. Tendo uma idéia geral do sermão, devidamente estruturada, pode-se
então preparar eficazmente a introdução.
A introdução deve conter outros aspectos
não técnicos. São aspectos psicológicos. Para começar um sermão, o pregador
deve saber discernir o tipo de auditório a qual falará. Deve desenvolver a
habilidade de preparar o seu auditório espiritual e psicologicamente, para
ouvir o sermão que irá apresentar. Em outras palavras, a introdução de um
sermão deve fazer com que os ouvintes sintam boa disposição para escutar o
pregador; deve fazer com que lhe prestem atenção, e que fiquem desejosos de
receber a mensagem que o predicante deseja apresentar.
Alguém
disse: “O pregador começou por fazer um alicerce para um arranha-céu, mas
acabou construindo apenas um galinheiro”.
A
introdução é tão importante quanto à decolagem de um avião que, deve ser bem
perfeita para um vôo estabilizado. Ela, por certo, deve envolver o ouvinte,
despertar o interesse e curiosidade e também, ser um meio de conduzir os
ouvintes ao assunto que está sendo tratado no sermão. Uma boa introdução dá ao
pregador segurança, tranqüilidade, firmeza e liberdade na pregação.
5. 2 - Uma boa introdução
deve ser:
•
Breve (não deve, jamais ultrapassar 5 minutos).
• Apropriada, de acordo
com o tema do sermão (Exemplo: Fazer uma introdução sobre fé, depois se pregar
sobre amor, isso é ridículo...).
•
Interessante (ou seja, deve despertar o interesse dos
ouvintes).
• Simples. Sem prometer
muito (do tipo: -“Hoje vocês vão ver o que vai acontecer aqui”,
ou “Se segura ai no seu banco irmão”, quando o resultado não
é o que o povo esperava, a decepção dos ouvintes é notória e a frustração do
próprio pregador é percebida. O melhor é não prometer, pois o que acontecer o
povo recebera com alegria).
Outras coisas a evitar na introdução são: pedir desculpas,
contar piadas, fazer uma alto – apresentação (Exemplo: - Irmãos o pastor
esqueceu de dizer que eu sou “Isso ou Aquilo”).
6 - O desenvolvimento do sermão (meio) e a
ilustração
6. 1 - Desenvolvimento
Dentro
da estrutura do sermão, o desenvolvimento é a parte principal. Ele é também
chamado de esqueleto do sermão, que deverá ser recheado com comentários
apropriados nas divisões pertinentes ao tema.
A
manutenção da seqüência lógica do sermão, especialmente na passagem da
introdução para o corpo (desenvolvimento), depende principalmente de uma coisa,
a saber: uma ordem própria nas divisões e transições fáceis de um pensamento
para outro.
Por
outro, lado é bom lembrar que as divisões devem obedecer a uma ordem
ascendente, no sentido de um movimento progressivo durante o sermão.
6. 2 - A ilustração.
O material ilustrativo é muito útil para
auxiliar na compreensão das Escrituras, serve para fortalecer o argumento, é
utilizada para comover os sentimentos. Serve também, para proporcionar o
descanso mental dos ouvintes, evitando que a congregação se canse ao tentar
entender o que o pregador está querendo dizer.
A
ilustração é para o sermão, o que são as janelas para uma casa. O objetivo
principal da ilustração é facilitar a compreensão do assunto ou mensagem.
As melhores ilustrações são aquelas em que as experiências
pessoais do pregador se relacionam com as experiências dos ouvintes. Pode ser
um testemunho, um caso ocorrido, etc.
Quais os motivos para a usar ilustrações?
• Por causa do interesse humano (todos gostam de ouvir
algo novo e interessante).
• Clareza (como já dissemos, serve para aclarar a mente
dos irmãos).
• Beleza (quando a ilustração traz algo especial, a
vibração da platéia é imediata).
• Complementação: o pregador, ao perceber que o povo
ficou embaraçado em determinado ponto da mensagem, traz ao povo algo semelhante
ao que ele está dizendo e assim tira todas as dúvidas. Jesus usou muitas
ilustrações em seu Ministério, ilustrações que conhecemos como parábolas.
Todos precisam compreender a mensagem, desde o mais simples
ouvinte até o mais intelectual. Ao pregador, as idéias que transmite lhe
parecem claras; entretanto quando vai expô-las, pode não esclarecer bem, ser
muito confuso, e por não usar boas ilustrações, ser muito sucinto. Há uma
história que nos mostra esta verdade, muito bem.
“Um dia, o pai foi passear com o filho. Era primavera e os jardins das casas estavam repletos de flores. Então, o pai comentou: Veja, meu filho, que lindas flores! E o menino retrucou: Que flores, papai? – Olhe ali estão elas, nos jardins das casas. – Mas não estou vendo papai. De fato, havia um muro de mais ou menos um metro de altura que impedia a visão da criança, mas permitia a do pai. Então o pai o pegou nos braços e lhes mostrou as belas flores”. (Pr. Tácito da Gama Leite).
“Um dia, o pai foi passear com o filho. Era primavera e os jardins das casas estavam repletos de flores. Então, o pai comentou: Veja, meu filho, que lindas flores! E o menino retrucou: Que flores, papai? – Olhe ali estão elas, nos jardins das casas. – Mas não estou vendo papai. De fato, havia um muro de mais ou menos um metro de altura que impedia a visão da criança, mas permitia a do pai. Então o pai o pegou nos braços e lhes mostrou as belas flores”. (Pr. Tácito da Gama Leite).
Isso não é
difícil acontecer quando, se prega uma mensagem. Muitas vezes, os ouvintes não
estão a altura do que está sendo transmitido. Neste caso há uma coisa só a
fazer, deve-se levar a congregação ao nível da mensagem. Isso é que chamamos de
ilustração. São janelas que auxiliam na compreensão das idéias do sermão.
Obs:
A ilustração nunca deve ser a parte principal do sermão. É tão somente
uma janela. Esta nunca é mais importante do que a casa.
7 - A conclusão (fim)
A conclusão
serve como recapitulação do que se foi pregado com uma aplicação final. As
emoções devem atingir o ponto mais alto na conclusão. Finalizar uma mensagem
sem alcançar este “clímax” faz parecer que foi mal preparada. Por definição a
conclusão serve para: recapitular, aplicar, demonstrar, persuadir. Nela
idealmente, deve conter três partes essenciais:
•
Frases objetivas.
•
Um breve resumo. A conclusão é basicamente a junção dos fios
do sermão. É a concentração dos principais raios do sermão num só ponto.
• Um apelo. O
apelo é absolutamente indispensável. Ao fazer o apelo, os pronomes se tornam
muito importantes. Use o pronome “nós”, inclua-se nele. O apelo pode ser feito
de muitas maneiras. Nem sempre precisa tomar a forma de um convite que requeira
uma resposta visível.
Obs:
Existem pregadores que fazem uma mistura tão grande, que os ouvintes não
sabem quando ele esta começando ou terminando. Isso causa uma confusão na
platéia que na maioria das vezes não consegue absorver o conteúdo do sermão.
8 - A formação do tema.
Com
certeza o tema é algo que deve ser bem elaborado, pois o mesmo é que despertará
o interesse dos ouvintes a receber o sermão por inteiro.
Deve
ser, acima de tudo, estimulante e
despertar a curiosidade e a atenção do ouvinte. Deve ser claro, simples e
preciso, bem como, oportuno e obedecer ao texto.
Resumindo;
se o tema de uma mensagem não for atrativo, o pregador terá mais dificuldades
em trazer a atenção da platéia para aquilo que está sendo pregado.
Atenção:
Para se desenvolver um bom tema, o pregador além de ser criativo, precisa
ser sintético, (curto e objetivo). Evite temas longos demais, como: As sete
voltas do povo de Deus diante das muralhas de Jericó (ao invés de: As sete
voltas de Jericó).
Pode-se
apropriar de uma data comemorativa. Em situações onde o assunto é uma
explicação do momento. São mensagens realizadas em virtude de acontecimentos
específicos no mundo e na igreja local, ou seja, o tema deve condizer com o que
está acontecendo na atualidade, como por exemplo; na política, na religião, no
esporte, etc.
Dentre outros especiais
podemos destacar também:
• Datas de casamento
• Festas natalinas
• Datas de aniversário
• Festas de batismo, Consagração, Posse, nascimento e
apresentação de bebês.
• Cultos dos departamentos (Juventude,
irmãs, crianças, etc.).
• Cultos fúnebres, etc.
O
pregador deve ser inteligente e buscar o tema conforme o interesse da massa,
principalmente se for uma mensagem evangelistica, pois as pessoas não crentes
estão diretamente ligadas aos acontecimentos em destaque na mídia. Entretanto
se o tema da mensagem vier de encontro com seu pensamento, certamente
despertará seu interesse em ouvir o que o pregador tem a dizer.
Obs:
É bom esclarecer que não somos um eco do que se circula na mídia, mas
pregadores do Evangelho de Cristo. O fato de buscarmos um tema da realidade em
que vivemos, só servirá como imã para alcançarmos a atenção das pessoas não
crentes. O propósito de todos pregadores da Palavra de Deus é transmitir Jesus
em suas mensagem. Neste prisma, entendemos que devemos esclarecer, à Luz da
Bíblia, fatos de nosso “dia a dia”.
Se os seus sermões são feitos para transformar vidas, então os títulos que você usa precisam estar relacionados com a vida.
Dar
um bom tema para um sermão é uma arte que você precisa desenvolver
constantemente. Não conheço ninguém que tenha dominado completamente essa arte.
Todos temos dado títulos bons e ruins.
Como
uma capa de livro, ou a primeira linha de uma propaganda, o tema de seu sermão
deve prender a atenção daqueles que você deseja influenciar.
Títulos
que lidam com questões reais, com dores reais, atraem audiência, dando-nos a
oportunidade de ensinar a verdade. Por exemplo, sermões com o título: “Como
enfrentar as Mágoas da Vida”, “Quando Você Precisa de um Milagre” (sobre os
milagres de Jesus), “Aprendendo a Ouvir a Voz de Deus” e “Perguntas que eu
Queria Fazer a Deus” são atraentes para as pessoas. Lembre-se, as pessoas
não estão dispostas a ouvir blá-blá-blá, elas querem ouvir algo novo, algo que
lhes despertem o interesse. Repito; temos que elaborar temas que falem de
questões atuais, questões que esta geração está passando.
Infelizmente,
há muitas mensagens que ficam constrangedoras por causa de títulos confusos,
sem cor ou banais.
Aqui estão alguns exemplos
de títulos sem sentido, que já ouvimos:
• O cego que não via nada
• O bolo da felicidade
• Judas seu traíra
• Deus usa jumenta
• O Bêbado (Uma referência à embriagues de Noé, porém
este tema não fala por si, ou seja, o pregador quando diz: “Hoje minha
mensagem tem por tema: O bêbado”. Com certeza, “mil e uma coisas”
passarão na mente do ouvinte). O pregador deve ser claro naquilo que dizer, a
começar pelo tema.
Qualquer
um desses títulos tem um apelo que os descrentes não se interessarão. E esses
títulos não comunicam o que o sermão quer dizer. É mais importante o tema ser
claro do que “bonitinho”.
Em
seu primeiro sermão, Jesus anunciou o tom de sua pregação: “O Espírito do
Senhor…ungiu-me para pregar as Boas Novas...” (Lc. 4:18). Mesmo quando
temos de compartilhar coisas complicadas e penosas, sempre devemos trazer um
título que se concentre nos aspectos positivos do assunto.
Aqui
estão alguns títulos para comunicar as boas novas:
• Palavras encorajadoras de
Deus.
• Crendo em Deus, mesmo
quando tudo está perdido.
• Como
vencer as batalhas da vida.
Atenção!
Conheça e domine os textos Bíblicos para explorar estes assuntos mais
facilmente.
“Para
pregar, o pregador deve combinar ou casar o tema do sermão com um texto da
palavra de Deus”.
9 - O Texto
9. 1 - A Necessidade de um Texto Bíblico
Todo
sermão deve ser baseado num texto bíblico e devemos nos fundamentar nele. A
autoridade da pregação é derivada da Palavra e fomos chamados a pregar a
Palavra. Deus opera através da Sua Palavra. A pregação é a repetição das
Escrituras. “A pregação tem que ser exclusivamente Bíblica.”
9. 2 - Critérios para a Escolha do Texto
Bíblico
“Sempre
que um texto fizer arder o coração de um homem, pode usá-lo para incendiar
outros corações”. - (Pr. G. Santos).
9. 3 - Aproveite as Datas Comemorativas e o Calendário Cristão
Conforme
estas datas, procure um texto que traga uma mensagem sugestiva para aquela
ocasião.
No
entanto, devemos estar atentos ao fato de que este critério não deve nos tornar
cativos, nos impedindo de pregar sobre outros assuntos não atinentes às
referidas datas. Portanto, aqui temos uma sugestão, não uma obrigatoriedade.
9.
4 - Use Sempre Texto da Bíblia.
Isto exclui o uso dos livros apócrifos, hinos
ou mesmo bons livros evangélicos, por mais edificantes que sejam. Lembremo-nos
que podemos e devemos nos valer de hinos, boa literatura, poesia, ficção,
romance, história, etc. No entanto, o sermão parte sempre e invariavelmente das
Escrituras.
9.
5 - Deve Expressar a Palavra de Deus.
Toda
a Escritura é inspirada por Deus, mas nem tudo o que está na Bíblia expressa a
Palavra de Deus. Na Bíblia nós encontramos palavra de homens ímpios e mesmo de
Satanás; estes textos isolados não podem servir de base para a nossa prédica
(Sl. 14.1 / 2Rs 18.32-35 / Mt 4. 9).
9. 6 - Dê Preferências a Textos
Positivos.
Ao
invés de chamarmos a atenção para o negativo, devemos apresentar a relevância
da fidelidade, obediência, confiança, etc. Aprendemos mais eficazmente quando
meditamos sobre a forma correta de fazer. Todavia cabe, de quando em quando,
uma variação.
9. 7 - Use Preferencialmente um só texto
em cada sermão.
É
preferível usar um único texto, do que mais; no entanto, poderá haver casos em
que a leitura de dois ou mais textos se faz necessário para estabelecer um
contraste, evidenciar uma aparente contradição, demonstrar o princípio expresso
no outro texto, etc. Neste caso não tenha dúvida, leia todos.
9. 8 - Use texto que tenha um Sentido
Claro.
Textos
complicados, que apresentam uma série de controvérsias quanto à sua
interpretação devem ser evitados (Ex: 1Pe 3.19). O sermão visa edificar,
transformar, esclarecer e consolar. Se a nossa pregação trouxer mais confusão
na mente dos nossos ouvintes, qual o seu benefício? Todavia há exceções. “Se o
pregador fica satisfeito por poder explicar um texto obscuro e mostrar que ele
ensina uma verdade de valor, deve escolhê-lo. Note-se, porém, que enfatizamos a
necessidade de torná-la bastante instrutiva e útil”.
9. 9 - Não evite um texto pelo simples
fato dele ser muito conhecido.
O
fato de um texto ser muito conhecido, revela a sua profundidade e beleza. É no
uso adequado dos textos mais conhecidos, que identificamos os grandes
pregadores; pela forma de abordá-los sem cair num lugar comum. Um caminho
significativo para lidar com esses textos, e não ficar apenas repetindo coisas
já ditas e repetidas, é fazer perguntas ao texto, que talvez não sejam tão
óbvias. A arte de fazer perguntas pode ser um caminho eficiente para
encontrarmos no texto respostas que ali estavam, ainda que de modo não tão
evidente.
9. 10 - Evite textos muito extensos ou
muito curtos.
O
texto muito extenso pode fazer com que não o exponhamos com clareza dentro do
tempo disponível. Tomar um texto pequeno, isolado de seu contexto, pode ser uma
tentação para, simplesmente, exercitar a nossa eloqüência e não expor a Palavra
de Deus. De qualquer forma, pequeno ou grande, o texto deve ser primeiramente
entendido dentro do seu contexto.
9. 11 - Evite alegorias na interpretação
do texto.
Como
temos insistido, a pregação é a repetição da Palavra de Deus. Portanto, como
fiéis pregadores, não podemos alegorizar o texto, dando asas à nossa
imaginação, dizendo o que o texto não nos autoriza (como já ouvimos pregadores
dizer que: Pedro negou Jesus, porque Jesus curou sua sogra),
usando expressões absurdas. O limite das analogias está limitado pelo próprio
uso bíblico. Não tentemos ultrapassar as fronteiras dispostas no texto. Quando
tomamos uma figura bíblica e começamos a divagar sobre ela através de detalhes
não autorizados pela Escritura, corremos o sério risco de fazer um estudo de
zoologia, ou mesmo medicina, e não um estudo da Palavra. Sabemos que é
extremamente tentador tomar a figura da ovelha, da águia, da rocha, do cavalo,
dos números, etc., e começarmos a esmiuçar o exemplo em busca de aplicações que
são estranhas à Palavra de Deus. Resistamos a essa tentação, se quisermos ser
fiéis expositores da Palavra. As aplicações feitas pelos escritores Bíblicos
foram inspiradas; nós não somos; limitemo-nos ao emprego feito na Bíblia.
9. 12 - Não abandone o texto,
simplesmente porque encontrou dificuldades.
Como
temos insistido, nem todo sermão aparece de forma tão imediata como
gostaríamos. Muitas vezes ele exige grande trabalho, até que tenhamos diante de
nós as idéias que pretendemos desenvolver. No entanto, é preciso que tenhamos
cautela para que ao sinal das primeiras dificuldades na interpretação do texto,
o deixemos de lado e saíamos a procura de outro. Quando assim procedemos,
estamos criando um hábito que poderá ser-nos extremamente prejudicial, visto
que criaremos em nossa prática um círculo vicioso de acomodação, buscando
sempre um caminho que nos pareça mais fácil. O que fazer então? O texto está
difícil? Há dificuldade na sua tradução e interpretação?... continuemos a
lê-lo; analisemos o seu contexto, busquemos ajuda em comentários bíblicos,
examinemos outras traduções, etc. Contudo, sem dúvida, é possível que depois de
tudo isso, ainda não fiquemos satisfeitos com as conclusões, e não tenhamos
assimilado satisfatoriamente o assunto. Bem, nesse caso, podemos deixar o texto
de lado momentaneamente, para voltarmos a ele, quem sabe, na semana seguinte ou
no próximo mês.
10 - O pregador
Pregação: É a comunicação
verbal da verdade divina com o fim de persuadir. Tem em si dois elementos: a
verdade e a personalidade.
O pregador é alguém que recebe a mensagem
de Deus e a transmite aos homens. É o que trata com Deus o interesse dos homens
e trata com os homens os interesses de Deus. E, além disso, o pregador é aquele
que, além de preparar um bom sermão, entrega-o ao povo com muita unção de Deus
e eloqüência. E mais, um sermão bem apresentado segue um crescimento eficiente e
seguro, de modo a alcançar o “clímax “, daquilo que se deseja passar aos
ouvintes. O clímax ou “topo” das revelações do texto, colhidas pelo pregador,
deve acontecer no final de cada divisão. Quando o pregador passa o que há de
melhor em sua mensagem no início de sua prédica, sua explanação e conclusão
tornam-se sem graça e intolerante, Chamada ironicamente por muitos de: “Mensagem
Espada”, ou seja; longa demais e muito chata.
10.
1 - O objetivo do pregador. Muitas vezes, nós fazemos
pouco do fato de que o objetivo de quem prega é, levar os pecadores ao
arrependimento e edificar o Corpo de Cristo. Não pode existir fidelidade na
vida de um ministro cujo padrão esteja em falta quanto ao seu objetivo maior.
Aplausos, fama, popularidade, honra, riqueza, tudo isto é em vão. Se as vidas
não são ganhas, se os crentes não são amadurecidos, o nosso ministério será um
fracasso.
As questões, portanto, que cada pregador deve responder para
si mesmo são: Tem sido este o objetivo de meu ministério? Tem sido este o
desejo do meu coração: salvar o perdido e guiar aquele que já está salvo? Será
esta a motivação que me faz orar, trabalhar, jejuar e chorar? Será esta a razão
pela qual existo? Tenho visto vidas sendo transformadas através do meu
ministério? O povo tem recebido refrigério vindo de meus lábios?
Nada além de um trabalho árduo, porém bem sucedido, pode
satisfazer um verdadeiro ministro de Cristo. Seus planos podem estar sendo
realizados sem dificuldades, mas se vidas não estiverem sendo salvas, todas as
outras coisas perdem seu valor. O verdadeiro alvo do que prega deve ser: “Meus
filhos, por quem de novo sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós”.
(Gálatas 4. 19). Este sentimento deve ser o sentimento no coração do mensageiro
do Evangelho, ele o faz uma pessoa bem sucedida (Pr. Bonifácio Junqueira – O
Obreiro segundo a Bíblia).
10.
2 - A aparência do pregador. O pregador não pode
descuidar de sua aparência. Pois se existe um fator importante ao que prega a
Palavra de Deus, esse fator chama-se aparência. Está mais que comprovado, o
“visual” fala mais do que o “vocal”.
Vamos
entender isso melhor: Se o pregador é intelectual, inspirado e profundo, mas
seus cabelos estão despenteados, os sapatos sujos, se ele está exalando mal
odor, mal hálito (doenças não cuidadas, dentes cariados), usa roupas sujas,
rasgadas e o que é pior: mal combinadas, extravagantes e de mal gosto (calça
vermelha, camisa amarela, sapato branco, paletó verde e gravata azul), sem
dúvida, será alvo de duras críticas, e até gracejos, o que invalida sua prédica.
Devemos ter esse fundamento como base da pregação; A nossa aparência vai
“falar” por nós.
10.
3 - A voz do pregador. Para o pregador, a voz é sua ferramenta
principal. Não há duvidas que depois
da Unção de Deus, a voz é a maior jóia que o pregador pode ter. Torna-se
irrelevante ter belos sermões de mensagens, se ele não for portador de uma voz
que atrai o auditório, sua mensagem passa a ser até 50% ignorada.
O
pastor G. Santos em seu livro: “Escola de Pregadores”, classifica
quatro qualidades para cultivar a voz.
·
Força (falar com convicção).
·
Pureza de tom (pronunciar as palavras com
clareza).
·
Boa expressão.
·
Naturalidade (sem gritaria, sem querer
engrossar a voz).
Os segredos de uma boa voz
A
voz é um instrumento de que se precisa cuidar e melhorar, na medida do
possível. É necessário adquirir o hábito de:
·
Falar sempre com uma voz calorosa
·
Variar a entonação, volume, força e ritmo
·
Tomar bastante fôlego para concluir cada frase
de entonação forte
·
Nunca deixar usar a pronúncia correta ou seja,
não “comer” as letras (pra, em vez de para, por exemplo)
·
Sempre fazer uso suficiente da pausa
·
Usar mudanças de tom e voz para desmonotizar o
que você vai dizer.
Sobre a altura da voz, ela precisa ser proporcional ao ambiente, a fim de não se tornar insuportável ou irritante. O emprego da voz de modo agradável consiste basicamente de uma boa dicção (pronunciar corretamente as palavras), falar com clareza, evitando vícios de linguagem e erros de pronúncia como: proque, fisemo, pobrema, entre outros. Só com o cuidado de falarmos compassadamente as palavras, corrigiremos em muito nossas pronúncias, ou seja, o pregador deve evitar a rapidez em suas pronúncias (metralhadora, mais parece um radialista narrando futebol), e a lentidão, pausas prolongadas (parece mais uma canção de ninar).
A falta de algumas precauções pode causar grandes prejuízos à voz do Orador. Exemplo: Se o orador forçar a voz num ambiente quente e sai para o ar frio, seu corpo receberá um choque térmico, e sua voz será grandemente prejudicada. Depois de uma calorosa mensagem o pregador deve fazer tudo para não resfriar, devendo então se agasalhar. O descuido dessas precauções resulta em enfermidades ainda piores que uma laringite.
Como
nosso objetivo nesta matéria não é apresentar só informações no uso da voz, não
estaremos entrando na parte fisiológica do processo, principalmente porque não
é nossa habilidade. Para isso existem os médicos e especialistas na área. Nosso
lembrete é que, todos devemos cultivar esse grande presente de Deus para o
homem: a voz.
10.
4 - A gesticulação do pregador. O pregador que usa essa técnica na hora em
que esta ministrando o sermão deve tomar cuidado para não cair em certos erros,
que são imperdoáveis na homilética. A
maneira pela qual o pregador gesticula na tribuna será de grande valor se for
com elegância e naturalidade. Devemos ensinar o corpo como se posicionar e se
mover na tribuna.
O
pregador deve lembrar-se de que a postura e suas atitudes no altar poderão
predispor o ânimo dos ouvintes de forma favorável, ou contrária a sua pessoa.
Gestos com a cabeça
Há
pregadores que ministram uma palavra de benção, de vitória, mas está sempre de
cabeça baixa, o que é errado, outros pregam expressando um aspecto de alegria,
quando o culto é fúnebre e a ocasião exige um aspecto de ternura e sentimento
de compaixão. Há aqueles que não conseguem fixar os olhos na platéia, ficam
olhando para o forro, para o piso do templo ou o que é pior pregam até uma hora
de olhos fechados. São detalhes que precisam ser corrigidos, para que a
mensagem seja bem aceita.
Gestos com os braços
A homilética nos ensina que os oradores
devem gesticular-se de forma elegante, ou seja, os gestos devem ser contidos e
naturais, pois sua função é a complementação das palavras e não exagerá-las.
Porém, o pregador que fica com os braços e mãos imóveis, ou que deixam seus
braços fixados ao corpo e as mãos inertes, são reprovados pela Homilética. Cada
pregador deve ponderar seu estilo, deve ser equilibrado (nem agressivo, nem
leso).
Erros a serem evitados.
· Andar de lá para cá freneticamente
· Espreguiçar e bocejar
· Pentear os cabelos
· Olhar todo instante para o relógio
· Tirar e colocar a aliança
· Enrolar e desenrolar o fio do microfone
· Portar-se com falta de higiene (unhas, ouvidos
sujos, usar o lenço de forma deselegante).
· Bater no púlpito (isso não é autoridade, isso é
desequilíbrio).
· Apontar o dedo em riste, como se fosse uma arma
(o que é pior, apontando-o para os irmãos).
· Apresentar o rosto carrancudo e voz agressiva
(isso não é santidade, isso é ignorância).
· Manter a mão no bolso ou na cintura
o tempo todo.
· Molhar o dedo na língua para virar
as páginas da Bíblia.
·Apertar a mão de todos (basta
apertar a mão do pastor da Igreja, para os demais, um leve aceno).
· Contar gracejos, anedotas ou usar
vocabulário vulgar ou gírias.
· Deixar de fazer a leitura do texto
(leitura deve ser de pé)
·Evitar desculpas, como: “Não estou preparado”
“Não sei o que vou dizer”. (não confundir isso com humildade). Você começa derrotado.
10. 5 - A linguagem do
pregador
Dicção: Maneira
de dizer ou pronunciar, expressão, arte de recitar.
Existem
alguns vícios de linguagem que nos pegam verdadeiras armadilhas, e quantas
vezes passamos vexames diante do povo, por falta de certos cuidados. É bem
verdade que não é fácil largar certos costumes, mas se queremos ser bem
sucedidos na arte de falar ao povo, devemos nos esforçar para melhorar nossa
linguagem, e evitar erros de expressões verbais.
A
homilética ensina, que o orador deve ser claro naquilo que diz, porque o
auditório não faz esforço para entendê-lo.
Vejamos
alguns vícios de linguagens mais corriqueiros que passam desapercebidos:
Tautologismo,
expressões que repetem o mesmo conceito já emitido.
(Dic. Silveira Bueno).
Vejamos
algumas:
-
subir para cima - descer
para baixo
-
entrar para dentro - sair para
fora
-
duas metades iguais - dupla de
dois
-
soterrados na terra - detalhes
minucioso
-
amanhecer o dia - criação
nova
-
repetir outra vez - retornar
de novo
-
gritar bem alto -
sussurrar bem baixinho
-
ambos os dois - de novo
novamente
E
muitos outros
Gírias, línguas
de grupo sociais, argô, calão (Dic. Silveira Bueno). No
meio evangélico esse vício de linguagem soa de forma vulgar.
Exemplos:
- tipo assim - tá valendo
- coroa - bicho
- tá ligado, mano? - certo, cara!
- tu vai fica na mão,
cara! - só meu!
- é nóis na fita - corta essa!
- valeu véio - rolê
- i aí o negão - i aì, ô branquelo?
E muitas outras
Expressões
repetitivas. Muitos usam esse vício por nervosismo nos
momentos de suas apresentações.
Vejamos alguns:
- né - entenderam
- tá - é tremendo
- ai, né... - Aleluia
- meus irmão! - Igreja!
E outros
Tratamentos
íntimos. Esse é um fiasco.
Exemplos:
- fofa - fofo
- gatinha - gatinho
- benzinho - amorzinho
E outros.
Um
outro cuidado a ser tomado é com a linguagem multissilábica (palavras que seus
ouvintes não são capazes de entender). O pregador que assim age, demonstra mais
vontade de exibir-se, do que levar com fervor a poderosa Palavra. Proceder
assim não é indicio de uma inteligência superior, mas de uma lamentável falta
de bom-senso. Se Paulo quisesse, poderia esnobar o mais refinado vocabulário
grego, em Corinto, no entanto preocupou-se em transmitir uma mensagem ungida no
poder do Espírito Santo (1Co 2. 1-5)
A
mensagem deve ser transmitida por meio de uma linguagem comum, a fim de
torná-la acessível ao maior número de ouvintes.
A pregação é um meio de comunicação
O
pregador deve pronunciar bem as palavras para não distorcer o sentido delas.
Ainda nesta área, é necessario destacar alguns substantivos compostos que
merecem nossa atenção e treinamento.
Vamos exercitar!
Singular Plural
- Beija-flor - Beija-flores
- Capitão-mor - Capitães-mores
- Conta-gota - Conta-gotas
- Estrada-de-ferro - Estradas-de-ferro
- Guarda-florestal - Guardas-florestais
- Guarda-sol - Guarda-sóis
- Pão-de-ló - Pães-de-ló
- Quero-quero - Quero-queros
- Vice-cônsul -Vice-cônsules
Alguns coletivos
de uso comum
Coletivo de:
- Abelhas - colméia
- Animais de uma região - fauna
- Anjos - coro, falange,
legião
- Aplausos - claque
- Artistas - elenco
- Assembléia religiosa - sínodo
- Bodes - cabroada
- Cabelos - chumaço
- Camelos - cáfila
- Cavalos - tropel
- Escritores - plêiade
- Hinos - hinário
- Letras - abecedário
- Ministros - conselho, ministério
- Lobos - alcatéia
Exercícios e treinamentos
para uma boa dicção
Letra L
I
Gilda, Elga e Cacilda só
calçam calçado de salto alto;
Gilda é dócil, mas fútil,
Elga é culta mas débil e falsa;
Cacilda é grácil, hábil,
amável e social.
II
No calço e na calda há cal
Mas não há cal na roda
Há rol mas roda não é rol
Na solda há sol mas nem um
sal;
No mel não há mal nem fel,
Mas no mau há mal, no
salgado há sal
Tal qual.
Letra R
I
Ricardo Bernardo Ferro
Farto de ir ver o Artur
Berrou de raiva o seu berro
Repercutiu- ur ur ur,
Ao horror do berro, um burro
zurrou
E era horrendo o zurro - zur
zur zur
II
A aranha arranha a rã.
A rã arranha a aranha
Arranha a aranha a rã
A rã a aranha arranha.
Nota: Biblioteca
de comunicações.
11 - A Preparação do pregador
Todos
bons atletas preparam-se quase 10 horas todos os dias, ficando assim, em forma
para o dia tão esperado da competição ou apresentação. É incrível, mas há
pregadores que julgam não ser necessário o preparo para uma apresentação ao
povo de Deus. Em muitos casos assumem a tribuna das Igrejas e dizem: “É
irmãos, quem veio me ver pregar, vai sair decepcionado” “De mim eu não tenho
nada”. Ora se o infeliz não tem nada, o que ele está fazendo lá em cima
do púlpito? O altar é um lugar para quem tem algo para o povo. Infelizmente
pessoas assim ocupam o tempo da mensagem “ensacando lingüiça”, e em suas
pronúncias não sai outra coisa a não ser: “Glória Deus, Aleluia, Glória
Deus, Aleluia!, né meus irmão”. É daí que se origina muitos
gracejos e piadinhas entre nós.
Como bom soldado, em campo de batalha, o pregador
deve estar munido de algumas armas para ser bem sucedido na arena da pregação.
11. 1 - O preparo físico
· Quando assumir a tribuna deve estar com o corpo
descansado.
· Não deve comer muito antes pregar, isto pode causar
uma forte dor de estômago causar ânsia de vômito.
· Não tomar bebidas geladas ou tomar café muito
quente, antes de pregar, para que a voz não venha falhar.
11.
2 - O preparo psicológico do pregador.
O pregador deve ser equilibrado psicologicamente e emocionalmente, para enfrentar o auditório. Durante a pregação ele vai demonstrar se é uma pessoa equilibrada ou um “desmiolado”. O povo julgará este quesito em suas palavras.
Há pregadores que transmitem mais a sua personalidade do que a Bíblia, falam mais de seus problemas pessoais, tais como: perseguição, enfermidades, tristezas e outros, do que as verdades contidas na Bíblia Sagrada. Na realidade contam o “Tristemunho” ao invés do Testemunho.
Quando assumir o microfone deve-se, falar
com firmeza, se caminhar, caminhe com segurança. Dirija-se ao povo com
determinação, pois isto influenciará os que te ouvem, para o que você tem para
transmitir.
11. 3 - O preparo cultural.
É
bem verdade que o ministério da palavra, vem de Deus, mas o pregador que não se
preocupa com boa leitura não irá muito adiante. Pois o mesmo deve ser
consciente que o seu trabalho é mental e não braçal. Ele deve ser um
pesquisador, bem informado, bom leitor, atualizado com os acontecimentos
políticos, econômicos, sociais e religiosos. Ele não deve fazer nem um
comentário em qualquer matéria que não tenha um conhecimento geral.
Quando abrimos nossa boca para transmitir um
sermão, iremos dizer o resultado do que sabemos, sentimos, pensamos, cremos e
desejamos transmitir.
Transmitiremos
nossa cultura. Entretanto, quando pregamos, falamos aquilo que sabemos,
é o resultado de nossa vivência.
Todo
pregador deve adotar um sistema de estudo, para seu maior aproveitamento no
ministério da Palavra. Ser um homem culto em nossos dias, significa ser capaz
de pensamento original, ou seja, é ter digerido as informações do mundo em que
vivemos, somadas às informações apresentadas no passado, e daí, se formar
conceitos. Ao falar sobre um tema, é preciso dominar o assunto, a ponto de
torná-lo de uma simplicidade quase alarmante, e dar a impressão ao auditório de
que o estamos desvendando juntos, realizando uma agradável excursão intelectual
ou humana, participando os dois, nós e o ouvinte.
Nesse
prisma, a primeira e grande obrigação de um pregador é a leitura,
constante, sistemática dos assuntos que ele aborda em suas prédicas.
11. 4 - O preparo espiritual.
É impossível haver sucesso na pregação sem o cultivo de uma vida espiritual. A espiritualidade do pregador está acima de qualquer outra coisa. Não basta conhecer as regras da homilética, saber fazer esboços inteligentes e atrativos, ter facilidade de se expressar e ter grandes conhecimentos culturais, se o pregador não tiver uma vida de oração, leitura da palavra, jejum, consagração e santificação. As faculdades da mente humana se tornarão ineficazes, ou seja, se não houver espiritualidade, as ferramentas da intelectualidade serão cegas, os pecadores não sentirão, as lágrimas desaparecerão, as curas exalarão, e tudo não passará de oratória comum.
Atividade de Apoio
Faça o histórico da vida do pregador João Batista (Marcos
1. 1-8)
12 - COMUNICAÇÃO
Comunicação:
Ação, efeito ou meio de comunicar, aviso, participação, ligação, comunhão.
O
Pastor Fabiano Pires em seu livro “O dom de falar em público”, define
a comunicação da seguinte forma: Comunicar é informar. Com esta
definição fica fácil entender que a comunicação é falar a outrem. Mas existe um
processo de interação para que seja alcançada a comunicação eficaz.
Mas,
neste processo comunicativo, no quesito “dar palestras ou pregar”, é necessário
descobrirmos se temos o dom natural, ou se
necessitamos adquirir este dom, porque muitos de nós somos possuidores
de dons naturais no sentido de termos uma grande facilidade para execução de
certas coisas. Em contrapartida, para muitas outras faz-se necessário que nos
especializemos, que corramos atrás de conseguirmos esta mesma facilidade.
A
má comunicação começa com uma voz irritante, fraca, estridente, aguda ou grave
demais. Assim como as boas vozes produzem convicção, as vozes defeituosas geram
dúvidas e rejeição. Em questão de comunicação a convicção é vital.
A
titulo de conclusão. Comunica-se ou prega mal quem não tem capacidade de
encarar os seus ouvintes e olha para tudo, menos para as pessoas, e estas
desejam uma perfeita comunicação com o pregador. A comunicação do pregador deve
ser com as pessoas e não com galerias imaginárias, corredores, paredes,
ventiladores ou qualquer outro objeto no santuário. Ou seja, o pregador deve
comunica-se com o povo olhando para ele.
Parece ser simples, mas detalhes como estes citados podem
ofuscar o brilho de uma boa mensagem.
13 - A Naturalidade
Existem pessoas que, ao se dirigir ao povo,
sofre uma enorme transformação; engrossam a voz, mudam o aspecto do rosto
fazendo careta ou rindo o tempo todo, sem necessidade.
O
pregador deve manter a naturalidade ao falar em público. Deve-se usar as
técnicas da boa oratória, da retórica e da homilética, mas sem perder a
naturalidade. As pessoas querem ouvir um homem de Deus inspirado e cheio de
unção, que aja com naturalidade na hora de se transmitir uma mensagem. As
pessoas que nos ouvem, querem ver um ser humano falando, e não um robô, cujos
movimentos e gestos são todos programados.
Somos
apenas instrumentos usados por Deus. As pessoas não estão interessadas em nós,
pessoalmente, mas no que estamos falando em nome de Deus.
14 – O Pregador e
seus compromissos
14. 1 - Compromisso com a convenção a que pertence
“Eu
não tenho pastor, meu pastor é Jesus” “Pastor não manda em mim, eu vou onde eu
quero”. Quem já
não ouviu expressões dessa natureza?
São pessoas insubmissas, irresponsáveis e sem compromisso. Todos os pastores e pregadores itinerantes devem cumprir
suas obrigações para com a convenção do ministério ao qual são filiados.
Precisam estar com as taxas de anuidade em dia, as credenciais no prazo de
validade. Devem anotar em suas agendas as
datas das convenções, reuniões trimestrais e mensais de obreiros, cultos de
ensinos e Santa Ceia em sua igreja. Lembre-se, antes de ser um pregador, ele é
uma ovelha que pertence a um aprisco, e que tem um pastor superior para lhe
dirigir. Barnabé
e Paulo foram enviados pelo Espírito Santo (chamada do ministério) e despedidos
pela igreja (credenciados pela denominação) At. 13. 3-4.
14. 2 - Compromisso com a família.
Se
existe algo que Deus cuida de forma especial, este algo é a família. Ela é o
grande presente de Deus para a humanidade.
Os
pregadores itinerantes viajam constantemente e ocupam muito tempo, aconselhando
as pessoas e quando retorna para casa encontram-se cansados, estressados e
esgotados psicologicamente, isso acaba abalando a estrutura do relacionamento
familiar. Lembre-se, os problemas jamais acabarão, por isso deixe um tempo
reservado para o desfrute da família (tirar férias, sair para passear, isto não
é pecado, pelo contrário, Deus se agrada do chefe da família que se preocupa
com ela). Quando isso não ocorre, infelizmente, ganharemos os de fora para
Cristo e perderemos os nossos.
Um
certo pregador no estado do Paraná perdeu sua esposa e filhos por ficar ausente
de casa longos dias e até meses. E por fim quis culpar a Deus dizendo: “Deus
eu estava fazendo a sua obra” !!!
Outro dado importante são as estatísticas
de órgãos não governamentais (que também devem ser respeitadas). Elas afirmam
que nos presídios das grandes cidades de nosso País, pelo menos 40 % dos presos são desviados da igreja ou filhos
de obreiros, isto com certeza é conseqüência de ministros mal formados, e que
não souberam ensinar os filhos no caminho em que devem andar. É claro, não
podemos generalizar, culpando os pais de todas atitudes dos filhos, mas uma
coisa é certa, como pregadores, pastores e obreiros, precisamos, diante de
dados como este, tomar uma postura diferenciada para com Deus e diante de nossa
família.
14. 3 - O compromisso do pregador como hóspede
Há
pregadores que ao sair de suas casas, agem como se estivessem nelas, não há compostura.
Portam-se de forma inconveniente e deselegante. Quantos escândalos temos
presenciado devido à falta de postura ética de alguns, que ostentam o titulo de
“Homens de Deus”.
Hospedar-se na casa dos
“irmãos”: É preciso muita cautela e muita atenção para não se
cometer nenhuma falha. Exemplo: Não transitar de toalha ao sair do banho. Não
ficar de bermuda ou sem camisa. Não entrar em assuntos desnecessários e de
interesses particulares da família hospedeira. Jamais mexa nos pertences de uso
pessoal do proprietário. Não obrigue o proprietário a te dar presentes
forçadamente.
Falando ainda
sobre hospedagem na casa de irmãos, é relevante destacarmos: Como
podemos hospedar os pregadores em nossas casas? Vejamos um exemplo da Bíblia sobre este assunto:
“E ela disse a seu marido: Tenho observado que este que
passa sempre por nós é um santo homem de Deus. Façamos-lhe, pois, um pequeno
quarto junto ao muro; e ponhamos-lhe ali uma cama, uma mesa, uma cadeira e um
candeeiro; e há de ser que, quando ele vier a nós se recolherá ali” (2 Reis 4. 9-10).
A
parte em destaque nesta passagem é a sabedoria da Sunamita! Mesmo, tendo a
certeza que Eliseu era um santo homem de Deus, ela não o colocou dentro
de sua casa. Mas preparou, comunicando ao seu marido, um quarto "junto
ao muro", para ali hospedar Eliseu.
Ela não deixou, em nenhum momento, de ser
hospitaleira. O pequeno quarto que fez teve o objetivo de hospedar aquele homem
de Deus, quando por ali passasse. É evidente que nem todo mundo tem condições
de construir cômodos extras para hóspedes ocasionais como Eliseu, até porque a
sunamita, como a própria bíblia diz, era uma mulher rica. Mas se eu não posso
construir um quarto junto ao muro, como fez a sunamita - até porque moro em
apartamento - como vou hospedar um irmão que desejo ajudar, hospedando-o por
alguns dias?
O
desejo desta palavra jamais será de desestimular a hospitalidade entre nós, que
somos irmãos em Cristo. Até porque seria hipocrisia chamar de "irmão"
e negar a hospitalidade ao mesmo. Mas esta palavra tem o intuito de fazer o
amado leitor a refletir nos seguintes pontos:
· Até onde vai esta "hospitalidade" entre irmãos em Cristo?
· Por quais motivos se deve
hospedar algum irmão viajante?
· Por quanto
tempo ele vai ficar comendo, bebendo e dormindo dentro de sua casa?
Quem
sabe o amado irmão não faça nem tanta questão dos gastos, mas a nossa
liberdade, dentro do nosso lar, realmente não tem preço! Você chega em casa, ao
final de mais um dia tumultuado, preocupante, cansativo, e pensa logo em tirar
o calçado, ficar mais a vontade, abrir a geladeira caçando algo sem fome, por
mera vontade de mastigar, tomar um banho, etc... Com alguém estranho dentro de
casa é difícil agir desta mesma maneira. É claro que, se amamos nossos irmãos
abrimos mão de algumas coisas em prol de uma ajuda, dar uma mão a alguém. Não
vamos ser intolerantes. Mas o livro de Provérbios aconselha bem:
“Retira
o teu pé da casa do teu próximo, para que não se enfade de ti, e te aborreça” (Pv. 25.17).
Um
dos maiores problemas é que muitos dos pregadores, afirmam que "vivem
pela fé". Mas vivem pela fé dos outros! Basta se ter uma condição de
vida melhor, uma casa maior, que alguns deles acham que você tem a obrigação
de acolhê-los, custe o que custar, afinal você é "irmão". Paulo
afirmou que trabalharia "dia e noite" para
não ser "pesado ao ombro do irmão" (1Tessalonicenses 2. 9). E Paulo
tinha uma vigilância fora do comum em suas viagens, até mesmo quando foi
suprido nas suas necessidades: "Quando
estive entre vós e passei por alguma necessidade, não fui um peso para ninguém;
pois os irmãos, quando vieram da Macedônia, supriram aquilo de que eu
necessitava. Fiz tudo para não lhes ser pesado, e continuarei a agir
assim" (2 Co. 11. 9).
Um
cristão mais vivido sabe, como bem aconselha o livro de Provérbios, dos
inúmeros aborrecimentos que já se teve com alguns viajandões
da fé, que, posteriormente, descobriu se tratar de aproveitadores.
Para
se conhecer um verdadeiro cristão, a bíblia nos dá uma dica: "...
Porque pelo fruto se conhece a árvore" (Mt. 12. 33).
Se a
Palavra de Deus me diz que conheço a árvore pelo seu fruto, então essa é uma
percepção que requer tempo! Não se conhece a árvore pelas folhas
(aparência), mas pelos seus frutos! Note que a sunamita
observava Eliseu já a algum tempo: "Tenho observado que este que
passa sempre por nós...”
(2 Reis 4. 9).
Ela
não fez um julgamento precipitado, por aparências, mas observava Eliseu. Isso
mostra sabedoria, vigilância, prudência! Quem se deixa levar pela emoção sofre
decepções. Um homem de Deus pode orar e paralíticos andarem, mortos
ressuscitarem, mas não deixará de ser um "homem",
capaz de errar, pecar, falhar, como qualquer um outro.
Em
fim, que esta palavra não venha criar um ceticismo acerca dos servos de Deus,
que viajam pelo mundo fazendo a obra do Senhor, mas que nós venhamos a ter vigilância
com quem colocamos dentro de nossa casa, e ver se realmente se trata de servos
do Senhor. E mesmo assim, temos que ter muita cautela.
Hospedar-se em hotel:
Deve-se evitar o uso desnecessário do telefone do hotel. Tomar cuidado para não
acrescentar a despesa de forma exorbitante, comendo o que tiver no frigobar e
etc. Não levar para casa os pertences do hotel como: Toalhas, lençóis,
sabonetes, etc. Queridos isso é roubo!
Há casos de pregadores desastrados, que ao sair do hotel
deixam contas altíssimas para a igreja hospedeira pagar, e o que é pior, já
ouve casos em que, quando os irmãos foram pagar as despesas de certos
pregadores em hotéis, encontraram despesas como: vinhos, uísque, cervejas, acompanhantes,
etc. Isso é uma vergonha.
15 - A gratificação financeira.
Esta, sem dúvida, é uma questão que se
deve ter muito cuidado, pois o mal combinado pode tornar-se um grande mal
entendido. Existe um ditado que diz: “O oferecido não tem valor; mas, o
convidado não tem preço”. Se o pregador visitar uma igreja
espontaneamente, não poderá fazer exigências. Se for convidado, o certo é
estipular o valor do cachê ou oferta a receber. Também deve-se combinar com
antecedência o pagamento das despesas de viagem, e o local de hospedagem. O ditado popular é bem claro “O
Combinado não é caro”. Isso não é errado como alguns dizem, o errado é
não se reconhecer o ministério dos que trabalham como itinerantes.
O
Apóstolo Paulo, reivindicando os seus direitos, ele disse: ‘Aos que anunciam o
evangelho, que vivam do evangelho’ (1Co 9. 14).
Atividade de Apoio
Você acha correto as gratificações financeiras aos
itinerantes? Justifique.
16 – Plagiar
Plagiar:
Assinar ou fazer passar por seu aquilo que não te pertence, é pegar um
trabalho alheio e passá-lo adiante como se fosse o autor (Dic. Silveira
Bueno).
Para
O Código Penal Brasileiro, plagiar é como um roubo artístico ou da
literatura.
Infelizmente essa prática é
comum no meio evangélico. Quem já não ouviu cantores em seus hinos imitarem
outros cantores evangélicos ou o que é pior, imitar os cantores mundanos, ou
quem já não ouviu expressões do tipo: “Esse é o Roberto Carlos dos
Crentes” ou “Esses cantam iguais a dupla tal ou igual o fulano de
tal”. Irmãos isso é vergonhoso e desleal.
Deus não nos chamou para sermos “eco” desse ou
daquele cantor, muito menos para sermos influenciados pelo mundo. Deus nos fez
filhos Seus para sermos autênticos, verdadeiros e fiéis a sua Palavra. “Desperte
o dom que há em ti”... (1Tm 4. 14).
No
prisma da pregação o Pastor G. Santos define: “Admirar um bom pregador não tem
nada de errado (quem é que nunca se inspirou em alguém para pregar, cantar,
orar, etc). Agora, plagiar, gesticular, mudar o tom da voz querendo ser uma cópia
autêntica de outrem é desonroso, pois o plagiador nega a sua própria
identidade. A naturalidade de cada pregador é o que caracteriza seu próprio
estilo. Nós podemos aprender com um renomado pregador como fazer uma leitura
brilhante, como se portar na tribuna, como saudar o auditório, mas nada de
plagiar. Se os plagiadores tivessem a humildade de fazer uso dos sermões de
outros no púlpito e citassem os nomes dos autores que os prepararam, não teria
nada de anormal. O que é imperdoável é que o plagiador tem a audácia de dizer
na tribuna sagrada: Esta mensagem recebi de Deus enquanto orava, na
maioria das vezes, quem leva o prejuízo é o autor da mensagem, enquanto o
plagiador leva a fama.
Na
sociedade romana de então, o plagiador era considerado um seqüestrador”.
Bibliografia
Obs: Grande parte dos ensinos desta matéria foram
extraídos do Livro: “Escola de pregadores” do Pr. Genésio Santos, um dos
grandes pregadores da atualidade.
Pequeno manual de homilética - Valter Bastos - 1998
Manual de mensagens - Valter José - 2003
O pastor pentecostal - CPAD - 1999
O dom de falar em público - Fabiano Pires – 2004
Do púlpito 3 – Messias Anacleto Rosa - 2000
Homilética – CETEO – 2003
O Obreiro segundo a Bíblia – Pr. Bonifácio
Junqueira.
Preciosos Ensinos da Sabedoria Divina – Pr. Dr. Elizeu
Feitosa de Alencar – 2000.
AUTOR: Pr.
Valter José G. da Silva
AVALIAÇÃO
Coloque ( V ) se a frase for
Verdadeira e ( F ) se a frase for falsa.
1- ( ) O Dicionário define a Homilética: Eloqüência de púlpito, de cátedra; arte de pregar sermões, não se abstendo do aprimoramento das habilidades da oratória. É a ciência que ensina os princípios fundamentais dos discursos em público.
2- ( ) A homilética classifica o sermão
basicamente em três: tópico, temático e expositivo.
3- ( ) Sermão tópico é aquele cuja a explanação
gira em torno do tema.
4- ( ) A conclusão de uma mensagem deve ser
extensa, prolongada, para maior compreensão dos ouvintes.
5- ( ) Todo sermão deve ser baseado num texto
bíblico.
6- ( ) Dicção é a Maneira de dizer ou pronunciar,
expressão, arte de recitar.
7- ( ) Os que ministram a poderosa Palavra de
Deus, devem pregar no púlpito o que se
vive fora dele
8- ( ) O pregador deve ser equilibrado
psicologicamente e emocionalmente
9- ( )
Plagiar é Assinar ou fazer passar por seu aquilo que não te pertence, é
pegar um trabalho alheio e passá-lo adiante, como se fosse o autor.
10- ( ) Comunicação
é a Ação, efeito ou meio de comunicar, aviso, participação, ligação,
comunhão.
Marque x na alternativa
Certa.
11 - Três, são as partes
essenciais que formam a estrutura de um sermão:
1-
( ) Introdução, Desenvolvimento ou
corpo e conclusão.
2- ( ) Retórica, corpo e introdução
3- ( ) Retórica, corpo e Definição
4- ( ) Conclusão, Introdução e Tópico
12 – Com
certeza, o tema é algo que deve ser bem elaborado, pois o mesmo é que
despertará o interesse dos ouvintes a receber o sermão por inteiro. Ele deve,
acima de tudo, ser:
1 - ( ) Estimulante
2 - ( ) Desestimulante
3- ( )
Estimulante e Desestimulante, dependendo das circunstância.
4- ( ) Todas alternativas estão certas
13 – Sua explanação gira em
torno do Texto. Estamos falando do:
1- ( ) Sermão expositivo 3- ( ) Sermão Textual
2- ( ) Sermão comunicativo 4- ( ) Nenhuma alternativa
14 – Sua explanação gira em
torno do Tema. Estamos falando do:
1- ( ) Sermão Tópico 3- ( ) Sermão Textual
2- ( ) Sermão comunicativo 4- ( ) Todas alternativa estão certas
15 - Todos bons atletas
preparam-se quase 10 horas todos os dias, ficando assim em forma para o dia tão
esperado da competição ou apresentação. O
pregador zeloso jamais assumirá um púlpito de qualquer maneira para fazer uma
exposição da Palavra. Segundo a lição quais são as preparações que o pregador
deve ter:
1- ( ) Preparar um grande sermão
2- ( ) Nenhum Preparo, pois o que manda mesmo é
sabedoria de cada um.
3- ( ) Preparo Físico, Psicológico, Cultural e
Espiritual.
4- ( ) Todas alternativas estão certas.
16 – Além do compromisso com
Deus, quais os demais compromissos do Pregador:
1-
( ) Compromisso com a família
2-
( ) Compromisso com a Convenção a que
pertence
3-
( ) Compromisso como hóspede, seja em residência
ou hotel.
4-
( ) Todas alternativas estão certas
17 - O objetivo da
homilética, de uma forma geral, é:
1- ( ) A conversão
2- ( ) A comunhão
3- ( ) A motivação e a santificação para vida cristã.
4- ( ) Todas alternativas estão Certas
18 – Uma boa Introdução deve
ser:
1- ( ) Breve, Apropriada, Interessante e
simples. 3- ( ) Extravagante
2- ( ) Comprida 4- ( ) Todas alternativas
estão certas
19 – A conclusão ideal deve
conter três partes:
1- ( ) Frases objetivas, um Breve resumo e um
apelo
2- ( ) Lógica e dominante
3- ( ) Um novo tema, uma nova explanação e uma
linda oração.
4- ( ) Nenhuma alternativa
20 – Qual o nome da matéria
que você está estudando?
1- ( ) Hermenêutica 3-
( ) Homilética
2- ( ) Teologia do Sermão 4- (
) Nenhuma alternativa