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sábado, 12 de novembro de 2011

HOMILÉTICA

CURSO DE PASTOR




CURSO DE PASTOR

Disciplina - Homilética
 

1 -  A Homilética e sua origem

  

         Homilética: Eloqüência de púlpito, de cátedra; arte de pregar sermões, não se abstendo do aprimoramento das habilidades da oratória. É a ciência que ensina os princípios fundamentais dos discursos em público. O dicionário Silveira Bueno define a homilética como: Explicações religiosas para o povo.

Termo derivado do grego omiletiké, que de forma bem simples, significa: a arte de pregar sermões religiosos em estilo familiar.

A contribuição que a homilética nos dá para a pregação do evangelho é de grande valor, entretanto, muitos desconhecem sua origem. 

O Pastor Valter Basto, em seu Livro “Pequeno Manual de Homilética”, define que tudo teve início mais ou menos no século V (cinco) antes de Cristo, quando os gregos criaram a retórica, (um conjunto de regras relativas a eloqüência). Iniciada por Córax e posteriormente aperfeiçoada por Sócrates, sua meta central era aperfeiçoar o discurso. Com a dominação romana em todo mundo, muitos anos antes e depois de Cristo, as três cultura que se destacavam eram: a judaica (religiosa), a romana (política) e a grega (cultural). Com isso, os romanos foram grandemente influenciados pela cultura grega, daí nasceu a oratória.    

 Apesar destas considerações, devemos saber que a pregação não deve ser apenas “mecânica”, com discursos floridos e linguagem erudita, mas com uma forte convicção, baseada nas experiências pessoais que, aliás, dá mais peso ao sermão, com a unção proveniente de um coração inflamado pelo Espírito Santo, e apaixonado pelas almas perdidas. No entanto, podemos unir o útil ao agradável, isto é; os conhecimentos adquiridos através da Homiletica, somados a uma vida de oração e meditação da palavra de Deus. Os resultados serão satisfatório, e o Reino de Deus em nossas vidas será ainda melhor.

Podemos então, definir que o objetivo da homilética, de uma forma geral, é a conversão, a comunhão, a motivação e a santificação para vida cristã. “Antes, Crescei na Graça e no Conhecimento...” (2 Pedro  3. 18).



Atividade de Apoio

Explique o que é pregar na Homilética.



2 - Principais nomes que a Bíblia dá aos Pregadores.



·        Servo. “Sabendo que recebereis do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo o Senhor que servis” (Colossenses 3. 24). O servo não tem domínio próprio; faz o que quer o seu Senhor, dele se requer obediência, interesse e atividade.



·        Semeador. “E falou-lhes de muitas coisas por meio de parábolas, dizendo: Certo semeador saiu a semear” (Mateus 13. 3). Em bons ou em maus dias, deve-se semear. “Pela manhã semeai a semente, e pela tarde não retires a tua mão, pois não sabes qual prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas igualmente serão boas” (Ec. 11. 6).



·        Testemunha. “Mais recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas...” (Atos 1. 8). A testemunha é chamada para depor, e o depoimento fiel é aceito.



·        Pescador. “Disse-lhe Jesus: Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens” (Mateus 4.19). O pescador tem que ser prudente, deve conhecer a isca que mais agrada o peixe, deve ser sensível à ordem do mestre, e obedecer aonde e quando Ele nos mandar lançar a rede (Lucas 5. 4).



·        Cooperador. “Pois nós somos cooperadores de Deus; vós sois a lavoura de Deus e edifício de Deus” (1Coríntios 3.9). A palavra empregada neste versículo “cooperadores”, nos dá uma idéia da nossa responsabilidade, ou de como é importante nossa missão.



·        Embaixador. “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse...” (2 Corintios 5. 20). O embaixador representa a Pátria e luta pelo interesse de seu País. Obs: Será que os pregadores da atualidade tem isso em mente ou passam ao povo mais suas personalidades do que a do País que eles representam, O Céu.



·        Atalaia. “... te constituí por atalaia sobre Israel; tu pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lhe darás aviso da minha parte” (Ezequiel 33. 7). O atalaia acima de qualquer outra qualidade deve ser vigilante, deve ter cuidado na transmissão do aviso. Isso implica na exclusão de qualquer outro material a não ser a Bíblia Sagrada, o atalaia deve  transmitir as Verdades Bíblicas.



3 - O pregador e sua pregação



         Ser chamado para o ministério da pregação não significa simplesmente fazer discursos e sermões. Pregador é ser o representante legal de Deus na terra (1 Co 1. 21 / Is 52.7). Quando olhamos para a Bíblia, vemos que seu conceito sobre pregação é: um anúncio, uma proclamação de boas novas reveladas pelo Espírito Santo. Pregar o evangelho é falar no lugar de Deus. Disse Jesus: “Eu vos envio como o Pai me enviou”. 

         Outro fato preponderante na pregação é a vida do pregador. O ministério da palavra não é tão simples como muitos podem pensar, porque o sucesso da pregação está associado à vida de quem prega.

         A um ditado que diz: “Viver pregando e pregar vivendo”. Todo pregador deveria ter isto em mente: “A minha vida fala mais alto do que a minha própria voz”.
 

         Com certeza isto é o centro da questão e é o sucesso do grande pregador. A autoridade do pregador está no viver aquilo que prega. Antes de ministrar uma mensagem aos outros, a palavra precisa ter produzido efeito no coração do pregador, se isso não acontecer o pregador estará passando ao povo uma comida que ele não experimentou. E se assim for, ele estará agindo com falsidade e hipocrisia. Devemos ter isso em mente, não fomos chamados para ser falsos ou hipócritas, fomos chamados para sermos verdadeiros, autênticos.

Certo pregador, ao ministrar em uma Igreja sobre o amor e a harmonia do lar, foi surpreendido pelo próprio filho. Ao perceber que suas palavras não correspondiam com a realidade disse: “Mãe vamos vir morar aqui na igreja, aqui o pai é tão bonzinho”.
        “Os que ministram a poderosa Palavra de Deus, devem pregar no púlpito o que se vive fora dele”.



4 -  Espécies de Sermões   



Sermão: Um discurso religioso formal, baseado na Palavra de Deus, e que tem por objetivo salvar os homens.    

         A homilética classifica os sermões basicamente em: Tópico, Textual e Expositivo. Entretanto cada um apresenta, entre si diferenças e particularidades, uns relativamente fáceis de elaborar, outros, porém, mais difíceis e que requer um preparo mais criterioso.



Vejamos os três tipos:



4. 1 - Sermão tópico

         Sermão tópico ou temático é aquele que, sua explanação geral gira em torno do tema. Mesmo apoiando-se num texto, sua mensagem não depende do texto, mas do assunto escolhido pelo pregador. Em outras palavras, a argumentação com suas divisões  discorre sempre para o mesmo assunto. Quando baseamos a mensagem num tópico ou tema criados através de uma frase ou palavra, e procuramos apóia-lo com versículos, que concordam entre si, indubitavelmente, o sermão assume um caráter topical ou temático.



4. 2 - Sermão textual    
 

    É conhecido como sermão textual, aquele cuja apresentação gira em torno do texto, independente do tópico ou assunto escolhido, suas divisões e subdivisão obviamente derivam do texto. Enquanto o sermão tópico se apóia num tema extraído de um texto, o sermão textual concentra-se num versículo, e suas divisões e subdivisões são enriquecidas de comentários que tem por base o texto. 

         O sermão textual é muito recomendado para preleções evangelísticas, pois é atrativo, tendo em vista que os ouvintes, geralmente de pouca cultura bíblica, terão a atenção voltada para um assunto específico.



4. 3 - Sermão expositivo 

         O sermão expositivo é aquele cuja explanação concentra-se em abordar uma passagem. Ele não se prende ao tema, nem estaciona-se em parte alguma do texto, mas limita-se em analisar um determinado trecho das escrituras, de modo a extrair dele seu ensino central. Muitos pregadores definem a pregação expositiva nos seguintes termos: “É a comunicação de um conceito bíblico, derivado e transmitido através de um estudo histórico, gramatical e literal de uma passagem no seu contexto”.



Atividade de Apoio


Cada aluno deve elaborar um sermão Temático e apresentá-lo aos amigos da classe.



5 -  O sermão e sua estrutura

         Classificamos pelo menos três partes essenciais que formam a estrutura de um sermão. Vejamos: Introdução, Desenvolvimento ou corpo e conclusão.
 

“A estrutura, propriamente dita, é a organização do sermão com suas divisões técnicas, que servem para orientar o pregador na apresentação da mensagem”. Um sermão precisa ter: unidade, ordem e progressão. Precisa ter começo, meio e fim.  Na formação de um sermão, essas três palavras que destacamos são fundamentais.  



Vamos estudar as particularidades de cada uma.

5. 1 - A introdução (começo).

         A introdução é a parte do sermão que serve como ponto de contato entre o pregador e o auditório. Normalmente, a introdução é a última parte a ser feita na preparação do sermão. Tendo uma idéia geral do sermão, devidamente estruturada, pode-se então preparar eficazmente a introdução.

         A introdução deve conter outros aspectos não técnicos. São aspectos psicológicos. Para começar um sermão, o pregador deve saber discernir o tipo de auditório a qual falará. Deve desenvolver a habilidade de preparar o seu auditório espiritual e psicologicamente, para ouvir o sermão que irá apresentar. Em outras palavras, a introdução de um sermão deve fazer com que os ouvintes sintam boa disposição para escutar o pregador; deve fazer com que lhe prestem atenção, e que fiquem desejosos de receber a mensagem que o predicante deseja apresentar.

Alguém disse: “O pregador começou por fazer um alicerce para um arranha-céu, mas acabou construindo apenas um galinheiro”.

A introdução é tão importante quanto à decolagem de um avião que, deve ser bem perfeita para um vôo estabilizado. Ela, por certo, deve envolver o ouvinte, despertar o interesse e curiosidade e também, ser um meio de conduzir os ouvintes ao assunto que está sendo tratado no sermão. Uma boa introdução dá ao pregador segurança, tranqüilidade, firmeza e liberdade na pregação.



5. 2 - Uma boa introdução deve ser:

         •  Breve (não deve, jamais ultrapassar 5 minutos).

      • Apropriada, de acordo com o tema do sermão (Exemplo: Fazer uma introdução sobre fé, depois se pregar sobre amor, isso é ridículo...).

         •  Interessante (ou seja, deve despertar o interesse dos ouvintes).

        • Simples. Sem prometer muito (do tipo: -“Hoje vocês vão ver o que vai acontecer aqui”, ouSe segura ai no seu banco irmão”, quando o resultado não é o que o povo esperava, a decepção dos ouvintes é notória e a frustração do próprio pregador é percebida. O melhor é não prometer, pois o que acontecer o povo recebera com alegria).

         Outras coisas a evitar na introdução são: pedir desculpas, contar piadas, fazer uma alto – apresentação (Exemplo: - Irmãos o pastor esqueceu de dizer que eu sou “Isso ou Aquilo”).



6 -  O desenvolvimento do sermão (meio) e a ilustração



6. 1 - Desenvolvimento

Dentro da estrutura do sermão, o desenvolvimento é a parte principal. Ele é também chamado de esqueleto do sermão, que deverá ser recheado com comentários apropriados nas divisões pertinentes ao tema.

A manutenção da seqüência lógica do sermão, especialmente na passagem da introdução para o corpo (desenvolvimento), depende principalmente de uma coisa, a saber: uma ordem própria nas divisões e transições fáceis de um pensamento para outro. 

Por outro, lado é bom lembrar que as divisões devem obedecer a uma ordem ascendente, no sentido de um movimento progressivo durante o sermão.



6. 2 - A ilustração.

         O material ilustrativo é muito útil para auxiliar na compreensão das Escrituras, serve para fortalecer o argumento, é utilizada para comover os sentimentos. Serve também, para proporcionar o descanso mental dos ouvintes, evitando que a congregação se canse ao tentar entender o que o pregador está querendo dizer.     

      A ilustração é para o sermão, o que são as janelas para uma casa. O objetivo principal da ilustração é facilitar a compreensão do assunto ou mensagem. 

         As melhores ilustrações são aquelas em que as experiências pessoais do pregador se relacionam com as experiências dos ouvintes. Pode ser um testemunho, um caso ocorrido, etc.



Quais os motivos para a usar ilustrações?

Por causa do interesse humano (todos gostam de ouvir algo novo e interessante).

Clareza (como já dissemos, serve para aclarar a mente dos irmãos).

Beleza (quando a ilustração traz algo especial, a vibração da platéia é imediata).

Complementação: o pregador, ao perceber que o povo ficou embaraçado em determinado ponto da mensagem, traz ao povo algo semelhante ao que ele está dizendo e assim tira todas as dúvidas. Jesus usou muitas ilustrações em seu Ministério, ilustrações que conhecemos como parábolas.

         Todos precisam compreender a mensagem, desde o mais simples ouvinte até o mais intelectual. Ao pregador, as idéias que transmite lhe parecem claras; entretanto quando vai expô-las, pode não esclarecer bem, ser muito confuso, e por não usar boas ilustrações, ser muito sucinto. Há uma história que nos mostra esta verdade, muito bem.

 “Um dia, o pai foi passear com o filho. Era primavera e os jardins das casas estavam repletos de flores. Então, o pai comentou: Veja, meu filho, que lindas flores! E o menino retrucou: Que flores, papai? – Olhe ali estão elas, nos jardins das casas. – Mas não estou vendo papai. De fato, havia um muro de mais ou menos um metro de altura que impedia a visão da criança, mas permitia a do pai. Então o pai o pegou nos braços e lhes mostrou as belas flores”. (Pr. Tácito da Gama Leite).

          Isso não é difícil acontecer quando, se prega uma mensagem. Muitas vezes, os ouvintes não estão a altura do que está sendo transmitido. Neste caso há uma coisa só a fazer, deve-se levar a congregação ao nível da mensagem. Isso é que chamamos de ilustração. São janelas que auxiliam na compreensão das idéias do sermão.   
     

Obs: A ilustração nunca deve ser a parte principal do sermão. É tão somente uma janela. Esta nunca é mais importante do que a casa.



7 - A conclusão (fim)



         A conclusão serve como recapitulação do que se foi pregado com uma aplicação final. As emoções devem atingir o ponto mais alto na conclusão. Finalizar uma mensagem sem alcançar este “clímax” faz parecer que foi mal preparada. Por definição a conclusão serve para: recapitular, aplicar, demonstrar, persuadir. Nela idealmente, deve conter três partes essenciais:

                   • Frases objetivas.

                 • Um breve resumo. A conclusão é basicamente a junção dos fios do sermão. É a concentração dos principais raios do sermão num só ponto.

           • Um apelo. O apelo é absolutamente indispensável. Ao fazer o apelo, os pronomes se tornam muito importantes. Use o pronome “nós”, inclua-se nele. O apelo pode ser feito de muitas maneiras. Nem sempre precisa tomar a forma de um convite que requeira uma resposta visível.

         Obs: Existem pregadores que fazem uma mistura tão grande, que os ouvintes não sabem quando ele esta começando ou terminando. Isso causa uma confusão na platéia que na maioria das vezes não consegue absorver o conteúdo do sermão.



8 -  A formação do tema.



         Com certeza o tema é algo que deve ser bem elaborado, pois o mesmo é que despertará o interesse dos ouvintes a receber o sermão por inteiro.

         Deve ser, acima de tudo, estimulante e despertar a curiosidade e a atenção do ouvinte. Deve ser claro, simples e preciso, bem como, oportuno e obedecer ao texto. 

Resumindo; se o tema de uma mensagem não for atrativo, o pregador terá mais dificuldades em trazer a atenção da platéia para aquilo que está sendo pregado. 

Atenção: Para se desenvolver um bom tema, o pregador além de ser criativo, precisa ser sintético, (curto e objetivo). Evite temas longos demais, como: As sete voltas do povo de Deus diante das muralhas de Jericó (ao invés de: As sete voltas de Jericó).



Pode-se apropriar de uma data comemorativa. Em situações onde o assunto é uma explicação do momento. São mensagens realizadas em virtude de acontecimentos específicos no mundo e na igreja local, ou seja, o tema deve condizer com o que está acontecendo na atualidade, como por exemplo; na política, na religião, no esporte, etc.



Dentre outros especiais podemos destacar também:

Datas de casamento

Festas natalinas

Datas de aniversário

Festas de batismo, Consagração, Posse, nascimento e apresentação de bebês.

                        Cultos dos departamentos (Juventude, irmãs, crianças, etc.).

Cultos fúnebres, etc.

O pregador deve ser inteligente e buscar o tema conforme o interesse da massa, principalmente se for uma mensagem evangelistica, pois as pessoas não crentes estão diretamente ligadas aos acontecimentos em destaque na mídia. Entretanto se o tema da mensagem vier de encontro com seu pensamento, certamente despertará seu interesse em ouvir o que o pregador tem a dizer.

Obs: É bom esclarecer que não somos um eco do que se circula na mídia, mas pregadores do Evangelho de Cristo. O fato de buscarmos um tema da realidade em que vivemos, só servirá como imã para alcançarmos a atenção das pessoas não crentes. O propósito de todos pregadores da Palavra de Deus é transmitir Jesus em suas mensagem. Neste prisma, entendemos que devemos esclarecer, à Luz da Bíblia, fatos de nosso “dia a dia”.  

Se os seus sermões são feitos para transformar vidas, então os títulos que você usa precisam estar relacionados com a vida.


Dar um bom tema para um sermão é uma arte que você precisa desenvolver constantemente. Não conheço ninguém que tenha dominado completamente essa arte. Todos temos dado títulos bons e ruins.  

Como uma capa de livro, ou a primeira linha de uma propaganda, o tema de seu sermão deve prender a atenção daqueles que você deseja influenciar. 

Títulos que lidam com questões reais, com dores reais, atraem audiência, dando-nos a oportunidade de ensinar a verdade. Por exemplo, sermões com o título: “Como enfrentar as Mágoas da Vida”, “Quando Você Precisa de um Milagre” (sobre os milagres de Jesus), “Aprendendo a Ouvir a Voz de Deus” e “Perguntas que eu Queria Fazer a Deus” são atraentes para as pessoas. Lembre-se, as pessoas não estão dispostas a ouvir blá-blá-blá, elas querem ouvir algo novo, algo que lhes despertem o interesse. Repito; temos que elaborar temas que falem de questões atuais, questões que esta geração está passando.  

Infelizmente, há muitas mensagens que ficam constrangedoras por causa de títulos confusos, sem cor ou banais. 

Aqui estão alguns exemplos de títulos sem sentido, que já ouvimos:

• O cego que não via nada

• O bolo da felicidade

• Judas seu traíra

• Deus usa jumenta

• O Bêbado (Uma referência à embriagues de Noé, porém este tema não fala por si, ou seja, o pregador quando diz: “Hoje minha mensagem tem por tema: O bêbado”. Com certeza, “mil e uma coisas” passarão na mente do ouvinte). O pregador deve ser claro naquilo que dizer, a começar pelo tema.    

Qualquer um desses títulos tem um apelo que os descrentes não se interessarão. E esses títulos não comunicam o que o sermão quer dizer. É mais importante o tema ser claro do que “bonitinho”. 

Em seu primeiro sermão, Jesus anunciou o tom de sua pregação: “O Espírito do Senhor…ungiu-me para pregar as Boas Novas...” (Lc. 4:18). Mesmo quando temos de compartilhar coisas complicadas e penosas, sempre devemos trazer um título que se concentre nos aspectos positivos do assunto.

Aqui estão alguns títulos para comunicar as boas novas:

• Palavras encorajadoras de Deus.

• Crendo em Deus, mesmo quando tudo está perdido.

Como vencer as batalhas da vida.

Atenção! Conheça e domine os textos Bíblicos para explorar estes assuntos mais facilmente.

“Para pregar, o pregador deve combinar ou casar o tema do sermão com um texto da palavra de Deus”.



9 - O Texto



      9. 1 - A Necessidade de um Texto Bíblico 

Todo sermão deve ser baseado num texto bíblico e devemos nos fundamentar nele. A autoridade da pregação é derivada da Palavra e fomos chamados a pregar a Palavra. Deus opera através da Sua Palavra. A pregação é a repetição das Escrituras. “A pregação tem que ser exclusivamente Bíblica.” 

     9. 2 - Critérios para a Escolha do Texto Bíblico

“Sempre que um texto fizer arder o coração de um homem, pode usá-lo para incendiar outros corações”. - (Pr. G. Santos). 


9.     3 - Aproveite as Datas Comemorativas e o Calendário Cristão

Conforme estas datas, procure um texto que traga uma mensagem sugestiva para aquela ocasião.

No entanto, devemos estar atentos ao fato de que este critério não deve nos tornar cativos, nos impedindo de pregar sobre outros assuntos não atinentes às referidas datas. Portanto, aqui temos uma sugestão, não uma obrigatoriedade. 

       9.  4 - Use Sempre Texto da Bíblia.

 Isto exclui o uso dos livros apócrifos, hinos ou mesmo bons livros evangélicos, por mais edificantes que sejam. Lembremo-nos que podemos e devemos nos valer de hinos, boa literatura, poesia, ficção, romance, história, etc. No entanto, o sermão parte sempre e invariavelmente das Escrituras. 

       9.  5 - Deve Expressar a Palavra de Deus. 

Toda a Escritura é inspirada por Deus, mas nem tudo o que está na Bíblia expressa a Palavra de Deus. Na Bíblia nós encontramos palavra de homens ímpios e mesmo de Satanás; estes textos isolados não podem servir de base para a nossa prédica (Sl. 14.1 / 2Rs 18.32-35 / Mt 4. 9). 

       9. 6 - Dê Preferências a Textos Positivos.
 

Ao invés de chamarmos a atenção para o negativo, devemos apresentar a relevância da fidelidade, obediência, confiança, etc. Aprendemos mais eficazmente quando meditamos sobre a forma correta de fazer. Todavia cabe, de quando em quando, uma variação. 

       9. 7 - Use Preferencialmente um só texto em cada sermão.
 

É preferível usar um único texto, do que mais; no entanto, poderá haver casos em que a leitura de dois ou mais textos se faz necessário para estabelecer um contraste, evidenciar uma aparente contradição, demonstrar o princípio expresso no outro texto, etc. Neste caso não tenha dúvida, leia todos. 

       9. 8 - Use texto que tenha um Sentido Claro.

Textos complicados, que apresentam uma série de controvérsias quanto à sua interpretação devem ser evitados (Ex: 1Pe 3.19). O sermão visa edificar, transformar, esclarecer e consolar. Se a nossa pregação trouxer mais confusão na mente dos nossos ouvintes, qual o seu benefício? Todavia há exceções. “Se o pregador fica satisfeito por poder explicar um texto obscuro e mostrar que ele ensina uma verdade de valor, deve escolhê-lo. Note-se, porém, que enfatizamos a necessidade de torná-la bastante instrutiva e útil”.

       9. 9 - Não evite um texto pelo simples fato dele ser muito conhecido.
 

O fato de um texto ser muito conhecido, revela a sua profundidade e beleza. É no uso adequado dos textos mais conhecidos, que identificamos os grandes pregadores; pela forma de abordá-los sem cair num lugar comum. Um caminho significativo para lidar com esses textos, e não ficar apenas repetindo coisas já ditas e repetidas, é fazer perguntas ao texto, que talvez não sejam tão óbvias. A arte de fazer perguntas pode ser um caminho eficiente para encontrarmos no texto respostas que ali estavam, ainda que de modo não tão evidente. 

      9. 10 - Evite textos muito extensos ou muito curtos

O texto muito extenso pode fazer com que não o exponhamos com clareza dentro do tempo disponível. Tomar um texto pequeno, isolado de seu contexto, pode ser uma tentação para, simplesmente, exercitar a nossa eloqüência e não expor a Palavra de Deus. De qualquer forma, pequeno ou grande, o texto deve ser primeiramente entendido dentro do seu contexto. 

      9. 11 - Evite alegorias na interpretação do texto.
 

Como temos insistido, a pregação é a repetição da Palavra de Deus. Portanto, como fiéis pregadores, não podemos alegorizar o texto, dando asas à nossa imaginação, dizendo o que o texto não nos autoriza (como já ouvimos pregadores dizer que: Pedro negou Jesus, porque Jesus curou sua sogra), usando expressões absurdas. O limite das analogias está limitado pelo próprio uso bíblico. Não tentemos ultrapassar as fronteiras dispostas no texto. Quando tomamos uma figura bíblica e começamos a divagar sobre ela através de detalhes não autorizados pela Escritura, corremos o sério risco de fazer um estudo de zoologia, ou mesmo medicina, e não um estudo da Palavra. Sabemos que é extremamente tentador tomar a figura da ovelha, da águia, da rocha, do cavalo, dos números, etc., e começarmos a esmiuçar o exemplo em busca de aplicações que são estranhas à Palavra de Deus. Resistamos a essa tentação, se quisermos ser fiéis expositores da Palavra. As aplicações feitas pelos escritores Bíblicos foram inspiradas; nós não somos; limitemo-nos ao emprego feito na Bíblia. 

      9. 12 - Não abandone o texto, simplesmente porque encontrou dificuldades. 

Como temos insistido, nem todo sermão aparece de forma tão imediata como gostaríamos. Muitas vezes ele exige grande trabalho, até que tenhamos diante de nós as idéias que pretendemos desenvolver. No entanto, é preciso que tenhamos cautela para que ao sinal das primeiras dificuldades na interpretação do texto, o deixemos de lado e saíamos a procura de outro. Quando assim procedemos, estamos criando um hábito que poderá ser-nos extremamente prejudicial, visto que criaremos em nossa prática um círculo vicioso de acomodação, buscando sempre um caminho que nos pareça mais fácil. O que fazer então? O texto está difícil? Há dificuldade na sua tradução e interpretação?... continuemos a lê-lo; analisemos o seu contexto, busquemos ajuda em comentários bíblicos, examinemos outras traduções, etc. Contudo, sem dúvida, é possível que depois de tudo isso, ainda não fiquemos satisfeitos com as conclusões, e não tenhamos assimilado satisfatoriamente o assunto. Bem, nesse caso, podemos deixar o texto de lado momentaneamente, para voltarmos a ele, quem sabe, na semana seguinte ou no próximo mês.  



10 - O pregador



Pregação: É a comunicação verbal da verdade divina com o fim de persuadir. Tem em si dois elementos: a verdade e a personalidade.

         O pregador é alguém que recebe a mensagem de Deus e a transmite aos homens. É o que trata com Deus o interesse dos homens e trata com os homens os interesses de Deus. E, além disso, o pregador é aquele que, além de preparar um bom sermão, entrega-o ao povo com muita unção de Deus e eloqüência. E mais, um sermão bem apresentado segue um crescimento eficiente e seguro, de modo a alcançar o “clímax “, daquilo que se deseja passar aos ouvintes. O clímax ou “topo” das revelações do texto, colhidas pelo pregador, deve acontecer no final de cada divisão. Quando o pregador passa o que há de melhor em sua mensagem no início de sua prédica, sua explanação e conclusão tornam-se sem graça e intolerante, Chamada ironicamente por muitos de: “Mensagem Espada”, ou seja; longa demais e muito chata.



10. 1 - O objetivo do pregador. Muitas vezes, nós fazemos pouco do fato de que o objetivo de quem prega é, levar os pecadores ao arrependimento e edificar o Corpo de Cristo. Não pode existir fidelidade na vida de um ministro cujo padrão esteja em falta quanto ao seu objetivo maior. Aplausos, fama, popularidade, honra, riqueza, tudo isto é em vão. Se as vidas não são ganhas, se os crentes não são amadurecidos, o nosso ministério será um fracasso. 

         As questões, portanto, que cada pregador deve responder para si mesmo são: Tem sido este o objetivo de meu ministério? Tem sido este o desejo do meu coração: salvar o perdido e guiar aquele que já está salvo? Será esta a motivação que me faz orar, trabalhar, jejuar e chorar? Será esta a razão pela qual existo? Tenho visto vidas sendo transformadas através do meu ministério? O povo tem recebido refrigério vindo de meus lábios?

         Nada além de um trabalho árduo, porém bem sucedido, pode satisfazer um verdadeiro ministro de Cristo. Seus planos podem estar sendo realizados sem dificuldades, mas se vidas não estiverem sendo salvas, todas as outras coisas perdem seu valor. O verdadeiro alvo do que prega deve ser: “Meus filhos, por quem de novo sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós”. (Gálatas 4. 19). Este sentimento deve ser o sentimento no coração do mensageiro do Evangelho, ele o faz uma pessoa bem sucedida (Pr. Bonifácio Junqueira – O Obreiro segundo a Bíblia).   



10. 2 - A aparência do pregador. O pregador não pode descuidar de sua aparência. Pois se existe um fator importante ao que prega a Palavra de Deus, esse fator chama-se aparência. Está mais que comprovado, o “visual” fala mais do que o “vocal”.

Vamos entender isso melhor: Se o pregador é intelectual, inspirado e profundo, mas seus cabelos estão despenteados, os sapatos sujos, se ele está exalando mal odor, mal hálito (doenças não cuidadas, dentes cariados), usa roupas sujas, rasgadas e o que é pior: mal combinadas, extravagantes e de mal gosto (calça vermelha, camisa amarela, sapato branco, paletó verde e gravata azul), sem dúvida, será alvo de duras críticas, e até gracejos, o que invalida sua prédica. Devemos ter esse fundamento como base da pregação; A nossa aparência vai “falar” por nós. 



10. 3 - A voz do pregador. Para o pregador, a voz é sua ferramenta principal.      Não há duvidas que depois da Unção de Deus, a voz é a maior jóia que o pregador pode ter. Torna-se irrelevante ter belos sermões de mensagens, se ele não for portador de uma voz que atrai o auditório, sua mensagem passa a ser até 50% ignorada.

O pastor G. Santos em seu livro: “Escola de Pregadores”, classifica quatro qualidades para cultivar a voz.

·        Força (falar com convicção).

·        Pureza de tom (pronunciar as palavras com clareza).

·        Boa expressão.

·         Naturalidade (sem gritaria, sem querer engrossar a voz).

     

 Os segredos de uma boa voz

         A voz é um instrumento de que se precisa cuidar e melhorar, na medida do possível. É necessário adquirir o hábito de:

·        Falar sempre com uma voz calorosa

·        Variar a entonação, volume, força e ritmo

·        Tomar bastante fôlego para concluir cada frase de entonação forte

·        Nunca deixar usar a pronúncia correta ou seja, não “comer” as letras (pra, em vez de para, por exemplo)

·        Sempre fazer uso suficiente da pausa

·        Usar mudanças de tom e voz para desmonotizar o que você vai dizer.


Sobre a altura da voz, ela precisa ser proporcional ao ambiente, a fim de não se tornar insuportável ou irritante. O emprego da voz de modo agradável consiste basicamente de uma boa dicção (pronunciar corretamente as palavras), falar com clareza, evitando vícios de linguagem e erros de pronúncia como: proque, fisemo, pobrema, entre outros. Só com o cuidado de falarmos compassadamente as palavras, corrigiremos em muito nossas pronúncias, ou seja, o pregador deve evitar a rapidez em suas pronúncias (metralhadora, mais parece um radialista narrando futebol), e a lentidão, pausas prolongadas (parece mais uma canção de ninar).


A falta de algumas precauções pode causar grandes prejuízos à voz do Orador. Exemplo: Se o orador forçar a voz num ambiente quente e sai para o ar frio, seu corpo receberá um choque térmico, e sua voz será grandemente prejudicada. Depois de uma calorosa mensagem o pregador deve fazer tudo para não resfriar, devendo então se agasalhar. O descuido dessas precauções resulta em enfermidades ainda piores que uma laringite.

Como nosso objetivo nesta matéria não é apresentar só informações no uso da voz, não estaremos entrando na parte fisiológica do processo, principalmente porque não é nossa habilidade. Para isso existem os médicos e especialistas na área. Nosso lembrete é que, todos devemos cultivar esse grande presente de Deus para o homem: a voz.  

 

         10. 4 - A gesticulação do pregador. O pregador que usa essa técnica na hora em que esta ministrando o sermão deve tomar cuidado para não cair em certos erros, que são imperdoáveis na homilética.  A maneira pela qual o pregador gesticula na tribuna será de grande valor se for com elegância e naturalidade. Devemos ensinar o corpo como se posicionar e se mover na tribuna.

O pregador deve lembrar-se de que a postura e suas atitudes no altar poderão predispor o ânimo dos ouvintes de forma favorável, ou contrária a sua pessoa.



Gestos com  a cabeça

         Há pregadores que ministram uma palavra de benção, de vitória, mas está sempre de cabeça baixa, o que é errado, outros pregam expressando um aspecto de alegria, quando o culto é fúnebre e a ocasião exige um aspecto de ternura e sentimento de compaixão. Há aqueles que não conseguem fixar os olhos na platéia, ficam olhando para o forro, para o piso do templo ou o que é pior pregam até uma hora de olhos fechados. São detalhes que precisam ser corrigidos, para que a mensagem seja bem aceita.



   Gestos com os braços   

         A homilética nos ensina que os oradores devem gesticular-se de forma elegante, ou seja, os gestos devem ser contidos e naturais, pois sua função é a complementação das palavras e não exagerá-las. Porém, o pregador que fica com os braços e mãos imóveis, ou que deixam seus braços fixados ao corpo e as mãos inertes, são reprovados pela Homilética. Cada pregador deve ponderar seu estilo, deve ser equilibrado (nem agressivo, nem leso).



   Erros a serem evitados.



· Andar de lá para cá freneticamente

· Espreguiçar e bocejar

· Pentear os cabelos

· Olhar todo instante para o relógio

· Tirar e colocar a aliança

· Enrolar e desenrolar o fio do microfone

· Portar-se com falta de higiene (unhas, ouvidos sujos, usar o lenço de forma  deselegante).

· Bater no púlpito (isso não é autoridade, isso é desequilíbrio).

· Apontar o dedo em riste, como se fosse uma arma (o que é pior, apontando-o para os irmãos).

· Apresentar o rosto carrancudo e voz agressiva (isso não é santidade, isso é ignorância).

· Manter a mão no bolso ou na cintura o tempo todo.

· Molhar o dedo na língua para virar as páginas da Bíblia.

·Apertar a mão de todos (basta apertar a mão do pastor da Igreja, para os demais, um leve aceno).

· Contar gracejos, anedotas ou usar vocabulário vulgar ou gírias.

· Deixar de fazer a leitura do texto (leitura deve ser de pé)

·Evitar desculpas, como: “Não estou preparado” “Não sei o que vou dizer”. (não confundir isso com humildade). Você começa derrotado.



10. 5 - A linguagem do pregador

Dicção: Maneira de dizer ou pronunciar, expressão, arte de recitar.

Existem alguns vícios de linguagem que nos pegam verdadeiras armadilhas, e quantas vezes passamos vexames diante do povo, por falta de certos cuidados. É bem verdade que não é fácil largar certos costumes, mas se queremos ser bem sucedidos na arte de falar ao povo, devemos nos esforçar para melhorar nossa linguagem, e evitar erros de expressões verbais. 

A homilética ensina, que o orador deve ser claro naquilo que diz, porque o auditório não faz esforço para entendê-lo. 

Vejamos alguns vícios de linguagens mais corriqueiros que passam desapercebidos:

Tautologismo, expressões que repetem o mesmo conceito já emitido. (Dic. Silveira Bueno).

Vejamos algumas:

- subir para cima                - descer para baixo

- entrar para dentro            - sair para fora

- duas metades iguais         - dupla de dois

- soterrados na terra           - detalhes minucioso

- amanhecer o dia              - criação nova

- repetir outra vez              - retornar de novo

- gritar bem alto                 - sussurrar bem baixinho

- ambos os dois                - de novo novamente

E muitos outros

Gírias, línguas de grupo sociais, argô, calão (Dic. Silveira Bueno). No meio evangélico esse vício de linguagem soa de forma vulgar.

Exemplos:

- tipo assim                           - tá valendo

- coroa                                  - bicho

- tá ligado, mano?                - certo, cara!

- tu vai fica na mão, cara!    - só meu!

- é nóis na fita                      - corta essa!

- valeu véio                          - rolê

- i aí o negão                        - i aì, ô branquelo?

E muitas outras   



Expressões repetitivas. Muitos usam esse vício por nervosismo nos momentos de suas apresentações.

Vejamos alguns:

- né                        - entenderam

- tá                         - é tremendo

- ai, né...                - Aleluia

- meus irmão!       - Igreja!

E outros



Tratamentos íntimos. Esse é um fiasco.

Exemplos:

- fofa              - fofo


- gatinha         - gatinho


- benzinho      - amorzinho


E outros.          


Um outro cuidado a ser tomado é com a linguagem multissilábica (palavras que seus ouvintes não são capazes de entender). O pregador que assim age, demonstra mais vontade de exibir-se, do que levar com fervor a poderosa Palavra. Proceder assim não é indicio de uma inteligência superior, mas de uma lamentável falta de bom-senso. Se Paulo quisesse, poderia esnobar o mais refinado vocabulário grego, em Corinto, no entanto preocupou-se em transmitir uma mensagem ungida no poder do Espírito Santo (1Co 2. 1-5)

         A mensagem deve ser transmitida por meio de uma linguagem comum, a fim de torná-la acessível ao maior número de ouvintes.



 A pregação é um meio de comunicação

O pregador deve pronunciar bem as palavras para não distorcer o sentido delas. Ainda nesta área, é necessario destacar alguns substantivos compostos que merecem nossa atenção e treinamento.



Vamos exercitar!

   Singular                      Plural

  

- Beija-flor                   - Beija-flores

- Capitão-mor              - Capitães-mores

- Conta-gota                - Conta-gotas

- Estrada-de-ferro        - Estradas-de-ferro

- Guarda-florestal         - Guardas-florestais

- Guarda-sol                - Guarda-sóis

- Pão-de-ló                  - Pães-de-ló

- Quero-quero              - Quero-queros

- Vice-cônsul                -Vice-cônsules



                          Alguns coletivos de uso comum

  Coletivo de:

- Abelhas                          - colméia

- Animais de uma região    - fauna

- Anjos                             - coro, falange, legião

- Aplausos                        - claque

- Artistas                           - elenco

- Assembléia religiosa        - sínodo

- Bodes                             - cabroada

- Cabelos                          - chumaço

- Camelos                         - cáfila

- Cavalos                          - tropel

- Escritores                       - plêiade

- Hinos                             - hinário

- Letras                             - abecedário

- Ministros                        - conselho, ministério

- Lobos                            - alcatéia



                Exercícios e treinamentos para uma boa dicção                  

Letra L

                                   I


Gilda, Elga e Cacilda só calçam calçado de salto alto;

Gilda é dócil, mas fútil, Elga é culta mas débil e falsa;

Cacilda é grácil, hábil, amável e social.

                 II


No calço e na calda há cal

Mas não há cal na roda

Há rol mas roda não é rol

Na solda há sol mas nem um sal;

No mel não há mal nem fel,

Mas no mau há mal, no salgado há sal

Tal qual.

Letra R

                I

Ricardo Bernardo Ferro

Farto de ir ver o Artur

Berrou de raiva o seu berro

Repercutiu- ur ur ur,

Ao horror do berro, um burro zurrou

E era horrendo o zurro - zur zur zur

              II

A aranha arranha a rã.

A rã arranha a aranha

Arranha a aranha a rã

A rã a aranha arranha.



Nota: Biblioteca de comunicações



11  - A Preparação do pregador



         Todos bons atletas preparam-se quase 10 horas todos os dias, ficando assim, em forma para o dia tão esperado da competição ou apresentação. É incrível, mas há pregadores que julgam não ser necessário o preparo para uma apresentação ao povo de Deus. Em muitos casos assumem a tribuna das Igrejas e dizem: “É irmãos, quem veio me ver pregar, vai sair decepcionado” “De mim eu não tenho nada”. Ora se o infeliz não tem nada, o que ele está fazendo lá em cima do púlpito? O altar é um lugar para quem tem algo para o povo. Infelizmente pessoas assim ocupam o tempo da mensagem “ensacando lingüiça”, e em suas pronúncias não sai outra coisa a não ser: “Glória Deus, Aleluia, Glória Deus, Aleluia!, né meus irmão”.  É daí que se origina muitos gracejos e piadinhas entre nós. 

Como bom soldado, em campo de batalha, o pregador deve estar munido de algumas armas para ser bem sucedido na arena da pregação.



11. 1 - O preparo físico


· Quando assumir a tribuna deve estar com o corpo descansado.

· Não deve comer muito antes pregar, isto pode causar uma forte dor de estômago causar ânsia de vômito.

· Não tomar bebidas geladas ou tomar café muito quente, antes de pregar, para que a voz não venha falhar.



11. 2 - O preparo psicológico do pregador.

O pregador deve ser equilibrado psicologicamente e emocionalmente, para enfrentar o auditório. Durante a pregação ele vai demonstrar se é uma pessoa equilibrada ou um “desmiolado”. O povo julgará este quesito em suas palavras.



Há pregadores que transmitem mais a sua personalidade do que a Bíblia, falam mais de seus problemas pessoais, tais como: perseguição, enfermidades, tristezas e outros, do que as verdades contidas na Bíblia Sagrada. Na realidade contam o Tristemunhoao invés do Testemunho.

         Quando assumir o microfone deve-se, falar com firmeza, se caminhar, caminhe com segurança. Dirija-se ao povo com determinação, pois isto influenciará os que te ouvem, para o que você tem para transmitir.



11. 3 - O preparo cultural. 

É bem verdade que o ministério da palavra, vem de Deus, mas o pregador que não se preocupa com boa leitura não irá muito adiante. Pois o mesmo deve ser consciente que o seu trabalho é mental e não braçal. Ele deve ser um pesquisador, bem informado, bom leitor, atualizado com os acontecimentos políticos, econômicos, sociais e religiosos. Ele não deve fazer nem um comentário em qualquer matéria que não tenha um conhecimento geral.

          Quando abrimos nossa boca para transmitir um sermão, iremos dizer o resultado do que sabemos, sentimos, pensamos, cremos e desejamos transmitir. 

Transmitiremos nossa cultura. Entretanto, quando pregamos, falamos aquilo que  sabemos,  é o resultado de nossa vivência. 

         Todo pregador deve adotar um sistema de estudo, para seu maior aproveitamento no ministério da Palavra. Ser um homem culto em nossos dias, significa ser capaz de pensamento original, ou seja, é ter digerido as informações do mundo em que vivemos, somadas às informações apresentadas no passado, e daí, se formar conceitos. Ao falar sobre um tema, é preciso dominar o assunto, a ponto de torná-lo de uma simplicidade quase alarmante, e dar a impressão ao auditório de que o estamos desvendando juntos, realizando uma agradável excursão intelectual ou humana, participando os dois, nós e o ouvinte.

         Nesse prisma, a primeira e grande obrigação de um pregador é a leitura, constante, sistemática dos assuntos que ele aborda em suas prédicas.



11. 4 - O preparo espiritual.

É impossível haver sucesso na pregação sem o cultivo de uma vida espiritual. A espiritualidade do pregador está acima de qualquer outra coisa. Não basta conhecer as regras da homilética, saber fazer esboços inteligentes e atrativos, ter facilidade de se expressar e ter grandes conhecimentos culturais, se o pregador não tiver uma vida de oração, leitura da palavra, jejum, consagração e santificação. As faculdades da mente humana se tornarão ineficazes, ou seja, se não houver espiritualidade, as ferramentas da intelectualidade serão cegas, os pecadores não sentirão, as lágrimas desaparecerão, as curas exalarão, e tudo não passará de oratória comum.             

Atividade de Apoio



Faça o histórico da vida do pregador João Batista (Marcos 1. 1-8)



12 - COMUNICAÇÃO



Comunicação: Ação, efeito ou meio de comunicar, aviso, participação, ligação, comunhão.

O Pastor Fabiano Pires em seu livro “O dom de falar em público”, define a comunicação da seguinte forma: Comunicar é informar. Com esta definição fica fácil entender que a comunicação é falar a outrem. Mas existe um processo de interação para que seja alcançada a comunicação eficaz. 

Mas, neste processo comunicativo, no quesito “dar palestras ou pregar”, é necessário descobrirmos se temos o dom natural, ou se  necessitamos adquirir este dom, porque muitos de nós somos possuidores de dons naturais no sentido de termos uma grande facilidade para execução de certas coisas. Em contrapartida, para muitas outras faz-se necessário que nos especializemos, que corramos atrás de conseguirmos esta mesma facilidade.       

         A má comunicação começa com uma voz irritante, fraca, estridente, aguda ou grave demais. Assim como as boas vozes produzem convicção, as vozes defeituosas geram dúvidas e rejeição. Em questão de comunicação a convicção é vital.

         A titulo de conclusão. Comunica-se ou prega mal quem não tem capacidade de encarar os seus ouvintes e olha para tudo, menos para as pessoas, e estas desejam uma perfeita comunicação com o pregador. A comunicação do pregador deve ser com as pessoas e não com galerias imaginárias, corredores, paredes, ventiladores ou qualquer outro objeto no santuário. Ou seja, o pregador deve comunica-se com o povo olhando para ele. 

         Parece ser simples, mas detalhes como estes citados podem ofuscar o brilho de uma boa mensagem.



 13 - A Naturalidade



         Existem pessoas que, ao se dirigir ao povo, sofre uma enorme transformação; engrossam a voz, mudam o aspecto do rosto fazendo careta ou rindo o tempo todo, sem necessidade.   

         O pregador deve manter a naturalidade ao falar em público. Deve-se usar as técnicas da boa oratória, da retórica e da homilética, mas sem perder a naturalidade. As pessoas querem ouvir um homem de Deus inspirado e cheio de unção, que aja com naturalidade na hora de se transmitir uma mensagem. As pessoas que nos ouvem, querem ver um ser humano falando, e não um robô, cujos movimentos e gestos são todos programados. 

         Somos apenas instrumentos usados por Deus. As pessoas não estão interessadas em nós, pessoalmente, mas no que estamos falando em nome de Deus.

          



    

14 – O Pregador e seus compromissos



14. 1 - Compromisso com a convenção a que pertence

         Eu não tenho pastor, meu pastor é Jesus” “Pastor não manda em mim, eu vou onde eu quero”. Quem já não ouviu expressões dessa natureza? São pessoas  insubmissas, irresponsáveis e sem compromisso. Todos os pastores e pregadores itinerantes devem cumprir suas obrigações para com a convenção do ministério ao qual são filiados. Precisam estar com as taxas de anuidade em dia, as credenciais no prazo de validade. Devem anotar em suas agendas as datas das convenções, reuniões trimestrais e mensais de obreiros, cultos de ensinos e Santa Ceia em sua igreja. Lembre-se, antes de ser um pregador, ele é uma ovelha que pertence a um aprisco, e que tem um pastor superior para lhe dirigir. Barnabé e Paulo foram enviados pelo Espírito Santo (chamada do ministério) e despedidos pela igreja (credenciados pela denominação) At. 13. 3-4.



14. 2 - Compromisso com a família.

         Se existe algo que Deus cuida de forma especial, este algo é a família. Ela é o grande presente de Deus para a humanidade. 

Os pregadores itinerantes viajam constantemente e ocupam muito tempo, aconselhando as pessoas e quando retorna para casa encontram-se cansados, estressados e esgotados psicologicamente, isso acaba abalando a estrutura do relacionamento familiar. Lembre-se, os problemas jamais acabarão, por isso deixe um tempo reservado para o desfrute da família (tirar férias, sair para passear, isto não é pecado, pelo contrário, Deus se agrada do chefe da família que se preocupa com ela). Quando isso não ocorre, infelizmente, ganharemos os de fora para Cristo e perderemos os nossos.

         Um certo pregador no estado do Paraná perdeu sua esposa e filhos por ficar ausente de casa longos dias e até meses. E por fim quis culpar a Deus dizendo: “Deus eu estava fazendo a sua obra” !!! 

         Outro dado importante são as estatísticas de órgãos não governamentais (que também devem ser respeitadas). Elas afirmam que nos presídios das grandes cidades de nosso País, pelo menos 40 %  dos presos são desviados da igreja ou filhos de obreiros, isto com certeza é conseqüência de ministros mal formados, e que não souberam ensinar os filhos no caminho em que devem andar. É claro, não podemos generalizar, culpando os pais de todas atitudes dos filhos, mas uma coisa é certa, como pregadores, pastores e obreiros, precisamos, diante de dados como este, tomar uma postura diferenciada para com Deus e diante de nossa família.         



14. 3 - O compromisso do pregador como hóspede

         Há pregadores que ao sair de suas casas, agem como se estivessem nelas, não há compostura. Portam-se de forma inconveniente e deselegante. Quantos escândalos temos presenciado devido à falta de postura ética de alguns, que ostentam o titulo de “Homens de Deus”.

Hospedar-se na casa dos “irmãos”: É preciso muita cautela e muita atenção para não se cometer nenhuma falha. Exemplo: Não transitar de toalha ao sair do banho. Não ficar de bermuda ou sem camisa. Não entrar em assuntos desnecessários e de interesses particulares da família hospedeira. Jamais mexa nos pertences de uso pessoal do proprietário. Não obrigue o proprietário a te dar presentes forçadamente.

Falando ainda sobre hospedagem na casa de irmãos, é relevante destacarmos: Como podemos hospedar os pregadores em nossas casas? Vejamos um exemplo da Bíblia sobre este assunto:

“E ela disse a seu marido: Tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus. Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto junto ao muro; e ponhamos-lhe ali uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; e há de ser que, quando ele vier a nós se recolherá ali” (2 Reis 4. 9-10).

A parte em destaque nesta passagem é a sabedoria da Sunamita! Mesmo, tendo a certeza que Eliseu era um santo homem de Deus, ela não o colocou dentro de sua casa. Mas preparou, comunicando ao seu marido, um quarto "junto ao muro", para ali hospedar Eliseu. 

Ela não deixou, em nenhum momento, de ser hospitaleira. O pequeno quarto que fez teve o objetivo de hospedar aquele homem de Deus, quando por ali passasse. É evidente que nem todo mundo tem condições de construir cômodos extras para hóspedes ocasionais como Eliseu, até porque a sunamita, como a própria bíblia diz, era uma mulher rica. Mas se eu não posso construir um quarto junto ao muro, como fez a sunamita - até porque moro em apartamento - como vou hospedar um irmão que desejo ajudar, hospedando-o por alguns dias?

O desejo desta palavra jamais será de desestimular a hospitalidade entre nós, que somos irmãos em Cristo. Até porque seria hipocrisia chamar de "irmão" e negar a hospitalidade ao mesmo. Mas esta palavra tem o intuito de fazer o amado leitor a refletir nos seguintes pontos:


· Até onde vai esta "hospitalidade" entre irmãos em Cristo?

· Por quais motivos se deve hospedar algum irmão viajante?

· Por quanto tempo ele vai ficar comendo, bebendo e dormindo dentro de sua casa?



Quem sabe o amado irmão não faça nem tanta questão dos gastos, mas a nossa liberdade, dentro do nosso lar, realmente não tem preço! Você chega em casa, ao final de mais um dia tumultuado, preocupante, cansativo, e pensa logo em tirar o calçado, ficar mais a vontade, abrir a geladeira caçando algo sem fome, por mera vontade de mastigar, tomar um banho, etc... Com alguém estranho dentro de casa é difícil agir desta mesma maneira. É claro que, se amamos nossos irmãos abrimos mão de algumas coisas em prol de uma ajuda, dar uma mão a alguém. Não vamos ser intolerantes. Mas o livro de Provérbios aconselha bem:

“Retira o teu pé da casa do teu próximo, para que não se enfade de ti, e te aborreça” (Pv. 25.17).

Um dos maiores problemas é que muitos dos pregadores, afirmam que "vivem pela fé". Mas vivem pela fé dos outros! Basta se ter uma condição de vida melhor, uma casa maior, que alguns deles acham que você tem a obrigação de acolhê-los, custe o que custar, afinal você é "irmão". Paulo afirmou que trabalharia "dia e noite" para não ser "pesado ao ombro do irmão" (1Tessalonicenses 2. 9). E Paulo tinha uma vigilância fora do comum em suas viagens, até mesmo quando foi suprido nas suas necessidades: "Quando estive entre vós e passei por alguma necessidade, não fui um peso para ninguém; pois os irmãos, quando vieram da Macedônia, supriram aquilo de que eu necessitava. Fiz tudo para não lhes ser pesado, e continuarei a agir assim"                   (2 Co. 11. 9).
 

Um cristão mais vivido sabe, como bem aconselha o livro de Provérbios, dos inúmeros aborrecimentos que já se teve com alguns viajandões da fé, que, posteriormente, descobriu se tratar de aproveitadores.

Para se conhecer um verdadeiro cristão, a bíblia nos dá uma dica: "... Porque pelo fruto se conhece a árvore" (Mt. 12. 33).

Se a Palavra de Deus me diz que conheço a árvore pelo seu fruto, então essa é uma percepção que requer tempo! Não se conhece a árvore pelas folhas (aparência), mas pelos seus frutos! Note que a sunamita observava Eliseu já a algum tempo: "Tenho observado que este que passa sempre por nós...” (2 Reis 4. 9).

Ela não fez um julgamento precipitado, por aparências, mas observava Eliseu. Isso mostra sabedoria, vigilância, prudência! Quem se deixa levar pela emoção sofre decepções. Um homem de Deus pode orar e paralíticos andarem, mortos ressuscitarem, mas não deixará de ser um "homem", capaz de errar, pecar, falhar, como qualquer um outro.

Em fim, que esta palavra não venha criar um ceticismo acerca dos servos de Deus, que viajam pelo mundo fazendo a obra do Senhor, mas que nós venhamos a ter vigilância com quem colocamos dentro de nossa casa, e ver se realmente se trata de servos do Senhor. E mesmo assim, temos que ter muita cautela.



Hospedar-se em hotel: Deve-se evitar o uso desnecessário do telefone do hotel. Tomar cuidado para não acrescentar a despesa de forma exorbitante, comendo o que tiver no frigobar e etc. Não levar para casa os pertences do hotel como: Toalhas, lençóis, sabonetes, etc. Queridos isso é roubo!

         Há casos de pregadores desastrados, que ao sair do hotel deixam contas altíssimas para a igreja hospedeira pagar, e o que é pior, já ouve casos em que, quando os irmãos foram pagar as despesas de certos pregadores em hotéis, encontraram despesas como: vinhos, uísque, cervejas, acompanhantes, etc. Isso é uma vergonha.           



15 -   A gratificação financeira.




         Esta, sem dúvida, é uma questão que se deve ter muito cuidado, pois o mal combinado pode tornar-se um grande mal entendido. Existe um ditado que diz: “O oferecido não tem valor; mas, o convidado não tem preço”. Se o pregador visitar uma igreja espontaneamente, não poderá fazer exigências. Se for convidado, o certo é estipular o valor do cachê ou oferta a receber. Também deve-se combinar com antecedência o pagamento das despesas de viagem, e o local de hospedagem.  O ditado popular é bem claro “O Combinado não é caro”. Isso não é errado como alguns dizem, o errado é não se reconhecer o ministério dos que trabalham como itinerantes. 

O Apóstolo Paulo, reivindicando os seus direitos, ele disse: ‘Aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho’ (1Co 9. 14).


Atividade de Apoio


Você acha correto as gratificações financeiras aos itinerantes? Justifique.



16 – Plagiar



Plagiar: Assinar ou fazer passar por seu aquilo que não te pertence, é pegar um trabalho alheio e passá-lo adiante como se fosse o autor (Dic. Silveira Bueno). 

Para O Código Penal Brasileiro, plagiar é como um roubo artístico ou da literatura. 

Infelizmente essa prática é comum no meio evangélico. Quem já não ouviu cantores em seus hinos imitarem outros cantores evangélicos ou o que é pior, imitar os cantores mundanos, ou quem já não ouviu expressões do tipo: “Esse é o Roberto Carlos dos Crentes” ou “Esses cantam iguais a dupla tal ou igual o fulano de tal”. Irmãos isso é vergonhoso e desleal.

 Deus não nos chamou para sermos “eco” desse ou daquele cantor, muito menos para sermos influenciados pelo mundo. Deus nos fez filhos Seus para sermos autênticos, verdadeiros e fiéis a sua Palavra. “Desperte o dom que há em ti”... (1Tm 4. 14). 

No prisma da pregação o Pastor G. Santos define: “Admirar um bom pregador não tem nada de errado (quem é que nunca se inspirou em alguém para pregar, cantar, orar, etc). Agora, plagiar, gesticular, mudar o tom da voz querendo ser uma cópia autêntica de outrem é desonroso, pois o plagiador nega a sua própria identidade. A naturalidade de cada pregador é o que caracteriza seu próprio estilo. Nós podemos aprender com um renomado pregador como fazer uma leitura brilhante, como se portar na tribuna, como saudar o auditório, mas nada de plagiar. Se os plagiadores tivessem a humildade de fazer uso dos sermões de outros no púlpito e citassem os nomes dos autores que os prepararam, não teria nada de anormal. O que é imperdoável é que o plagiador tem a audácia de dizer na tribuna sagrada: Esta mensagem recebi de Deus enquanto orava, na maioria das vezes, quem leva o prejuízo é o autor da mensagem, enquanto o plagiador leva a fama. 

Na sociedade romana de então, o plagiador era considerado um seqüestrador”.





Bibliografia




Obs: Grande parte dos ensinos desta matéria foram extraídos do Livro: “Escola de pregadores” do Pr. Genésio Santos, um dos grandes pregadores da atualidade.



Pequeno manual de homilética - Valter Bastos - 1998

Manual de mensagens - Valter José - 2003

O pastor pentecostal - CPAD - 1999

O dom de falar em público - Fabiano Pires – 2004

Do púlpito 3 – Messias Anacleto Rosa - 2000

Homilética – CETEO – 2003

O Obreiro segundo a Bíblia – Pr. Bonifácio Junqueira. 

Preciosos Ensinos da Sabedoria Divina – Pr. Dr. Elizeu Feitosa de Alencar – 2000.



AUTOR:        Pr. Valter José G. da Silva










AVALIAÇÃO



Coloque ( V ) se a frase for Verdadeira  e  ( F ) se a frase for falsa.




1- (    ) O Dicionário define a Homilética: Eloqüência de púlpito, de cátedra; arte de pregar sermões, não se abstendo do aprimoramento das habilidades da oratória. É a ciência que ensina os princípios fundamentais dos discursos em público.



2- (     ) A homilética classifica o sermão basicamente em três: tópico,  temático  e  expositivo.



3- (      ) Sermão tópico é aquele cuja a explanação gira em torno do tema.



4- (     ) A conclusão de uma mensagem deve ser extensa, prolongada, para maior compreensão dos ouvintes.



5- (     ) Todo sermão deve ser baseado num texto bíblico.



6- (     ) Dicção é a  Maneira de dizer ou pronunciar, expressão, arte de recitar.



7- (    ) Os que ministram a poderosa Palavra de Deus, devem  pregar no púlpito o que se vive fora dele



8- (    ) O pregador deve ser equilibrado psicologicamente e emocionalmente



9- (    )  Plagiar é Assinar ou fazer passar por seu aquilo que não te pertence, é pegar um trabalho alheio e passá-lo adiante, como se fosse o autor.



10- (   ) Comunicação é a Ação, efeito ou meio de comunicar, aviso, participação, ligação, comunhão.



Marque x na alternativa Certa.



11 - Três, são as partes essenciais que formam a estrutura de um sermão:

1- (   ) Introdução, Desenvolvimento ou corpo e conclusão.

2- (   ) Retórica, corpo e introdução

3- (   ) Retórica, corpo e Definição

4- (   ) Conclusão, Introdução e Tópico



12 – Com certeza, o tema é algo que deve ser bem elaborado, pois o mesmo é que despertará o interesse dos ouvintes a receber o sermão por inteiro. Ele deve, acima de tudo, ser:

1 - (     ) Estimulante

2 - (     ) Desestimulante 

3- (     ) Estimulante e Desestimulante, dependendo das circunstância.

4- (     ) Todas alternativas estão certas



13 – Sua explanação gira em torno do Texto. Estamos falando do:

1- (    ) Sermão expositivo                            3- (    ) Sermão Textual

2- (    ) Sermão comunicativo                       4- (    ) Nenhuma alternativa



14 – Sua explanação gira em torno do Tema. Estamos falando do:

1- (    ) Sermão Tópico                                3- (    ) Sermão Textual

2- (    ) Sermão comunicativo                      4- (    ) Todas alternativa estão certas



15 - Todos bons atletas preparam-se quase 10 horas todos os dias, ficando assim em forma para o dia tão esperado da competição ou apresentação. O pregador zeloso jamais assumirá um púlpito de qualquer maneira para fazer uma exposição da Palavra. Segundo a lição quais são as preparações que o pregador deve ter:

1- (     ) Preparar um grande sermão

2- (     ) Nenhum Preparo, pois o que manda mesmo é sabedoria de cada um.

3- (     ) Preparo Físico, Psicológico, Cultural e Espiritual.

4- (     ) Todas alternativas estão certas.



16 – Além do compromisso com Deus, quais os demais compromissos do Pregador:

1- (     ) Compromisso com a família

2- (     ) Compromisso com a Convenção a que pertence

3- (     ) Compromisso como hóspede, seja em residência ou hotel.

4- (     ) Todas alternativas estão certas



17 - O objetivo da homilética, de uma forma geral, é:

1- (     ) A conversão

2- (     ) A comunhão

3- (      ) A motivação e a  santificação para vida cristã.

4- (     ) Todas alternativas estão Certas



18 – Uma boa Introdução deve ser:

1- (     ) Breve, Apropriada, Interessante e simples.          3- (     ) Extravagante

2- (     ) Comprida                                                         4- (     ) Todas alternativas estão certas

                                                  

19 – A conclusão ideal deve conter três partes:

1- (     ) Frases objetivas, um Breve resumo e um apelo

2- (     ) Lógica e dominante

3- (     ) Um novo tema, uma nova explanação e uma linda oração.

4- (     ) Nenhuma alternativa



20 – Qual o nome da matéria que você está estudando?

1- (     ) Hermenêutica                                        3- (    ) Homilética

2- (     ) Teologia do Sermão                              4- (    ) Nenhuma alternativa